Preços globais dos alimentos sobem 40% e atingem pico de dez anos
FAO cita seca mais severa que o esperado no Brasil como um dos fatores que ajudam na inflação dos alimentos
Os preços globais dos alimentos chegaram no mês de maio ao seu maior pico em dez anos, segundo o índice de preços calculado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O índice ficou 40% mais alto do que em abril, o que significa que a inflação que inicialmente era causada pela pandemia está se acelerando e colocando uma alta pressão sobre os países mais pobres. “O aumento dos preços internacionais de óleos vegetais, açúcar e cereais levou ao aumento do índice, que acompanha as variações mensais dos preços internacionais de commodities alimentícias comumente comercializadas, com seu maior valor desde setembro de 2011 e apenas 7,6 por cento abaixo de todos os pico de tempo em termos nominais”, diz o relatório da FAO divulgado nesta quinta-feira, 3.
“A China continuou a comprar, mas com a seca no Brasil se provando mais severa do que o esperado, todos têm que rezar para que o clima nos EUA esteja bom”, disse Abdolreza Abbassian, economista sênior da FAO.