* Estatal petrolífera vai decidir sobre parcerias em meados de 2012
* Petronas está em negociações com a Shell e Exxon
* Também em discussões com a Itochu, Mitsubishi e Dow Chemical
Por Niluksi Koswanage e Liau Y-Sing
KUALA LUMPUR, 23 Dez (Reuters) – A Petronas está em conversações com várias grandes companhias globais de petróleo, incluindo a Shell e a Exxon Mobil, para desenvolver plantas petroquímicas integradas ao seu complexo de refino de 20 bilhões de dólares no sul da Malásia, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto.
A estatal de petróleo da Malásia também está conversando com as empresas japonesas Itochu Corp e Mitsubishi Corp , bem como a Dow Chemical Co – a maior fabricante química dos EUA – com o objetivo de atender ao aumento da demanda asiática e diversificar seus ganhos, disseram as fontes à Reuters.
A Petronas deverá tomar uma decisão sobre as parcerias em meados de 2012, o que sinaliza que está se movendo rapidamente além da fase de viabilidade do projeto.
“A Petronas está recebendo bastante interesse de empresas para a joint venture”, disse uma fonte que não quis ser identificada enquanto as negociações estiverem em andamento.
“Eles estão na fase de projeto básico de engenharia e depois disso o processo de licitação para a construção do complexo vai começar”, acrescentou a fonte.
A Petronas, a Shell e a Mitsubishi na Malásia não quiseram comentar. Itochu, Dow Chemical e Exxon Mobil não estavam imediatamente disponíveis para responder.
Os planos da Petronas de construção do complexo, chamado de Refinery and Petrochemicals Integrated Development (RAPID),foram revelados pela primeira vez em maio.
O complexo de 20 bilhões de dólares será construído no sul do Estado de Johor,na fronteira com Cingapura,o maior pólo de comércio de petróleo na Ásia.
O projeto é fundamental à estratégia da Petronas de se alinhar a estratégias como a da India Reliance Industriesem agarrar uma fatia maior no mercado global de 395 bilhões de dólares em especialidades químicas – matérias-primas de alto valor utilizadas em produtos desdefraldas epneus até produtos de maior desempenho como televisores e LCD.
“Em termos de mercados para produtos petroquímicos provenientes do RAPID, a Petronas está focando em Mianmar, Bangladesh e partes do subcontinente”, disse uma segunda fonte.
“O potencial está láe estes são grandes mercados ou, no caso de Mianmar, ainda se abrindo.”
O projeto RAPID vai incluir uma refinaria com capacidade de processamento de 300 mil barris por dia de petróleo em nafta, gasolina, querosene de aviação, diesel e óleo combustível.
A primeira fonte disse que a matéria-prima bruta viria principalmente de projetos daPetronasno Sudão, Chade e, eventualmente, Venezuela, em vez da produção própria daMalásia, onde o petróleo é melhor e mais caro, e a produção doméstica está caindo.