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Medidas do governo elevam riscos para o setor elétrico, diz Fitch

Segundo a agência de classificação de risco, medidas anunciadas na semana passada aliviam o caixa das empresas mas apontam para mais intervencionismo público

Por Da Redação
17 mar 2014, 18h44

A agência de classificação de risco Fitch Ratings avalia que as medidas anunciadas pelo governo brasileiro na semana passada para ajudar as distribuidoras de eletricidade é um “sinal” de aumento do risco regulatório no setor elétrico brasileiro e mais uma medida heterodoxa adotada para ajudar o setor a lidar com uma situação difícil.

“Apesar de ser positiva para as necessidades de caixa das companhias do setor, essa nova medida é outro sinal de aumento do intervencionismo do governo no setor, que irá levar ao aumento do passivo para o governo e à pressão tarifária para as distribuidoras nos próximos anos”, informou a Fitch em nota divulgada nesta segunda-feira.

O governo anunciou na semana passada que irá aportar 4 bilhões de reais na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para cobrir as necessidades das distribuidoras na cobertura de gastos de curto prazo relacionados à exposição involuntária e à geração termelétrica cara. Esses recursos são adicionais aos 9 bilhões de reais já previstos no Orçamento da União para a conta.

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Além disso, o governo vai buscar reduzir a “descontratação” das distribuidoras com a realização de um leilão de energia de médio a longo prazo em 25 de abril, além de autorizar a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a buscar financiamento no mercado de até 8 bilhões de reais para ajudar as empresas.

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Até a realização do leilão, as companhias continuarão expostas em cerca de 3,5 gigawatts (GW) médios — energia que tem de ser contratada no curto prazo a preços altos no chamado mercado livre.

As distribuidoras com maior exposição financeira negativa em janeiro, segundo a Fitch, foram Light, com 127 milhões de reais; CPFL, com 106 milhões de reais; Eletropaulo, 83 milhões de reais; Cemig, 75 milhões de reais; e Copel, com 74 milhões de reais.

“Em fevereiro de 2014, a Fitch projeta que esses gastos terão, pelo menos, dobrado para cada companhia, já que o preço de energia curto prazo mensal médio (PLD) de 822,23 reais por megawatt-hora (MWh) é mais que o dobro dos 383,67 reais por MWh de janeiro”, informou a Fitch.

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(com agência Reuters)

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