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JAC e Hyundai planejam criação de centro de pesquisa no Brasil

Exigência de investimento em centros no país será detalhada no decreto do novo regime automotivo que deve ser divulgado em breve pelo governo

Por Da Redação
3 out 2012, 14h26

A coreana Hyundai e a chinesa JAC Motors aguardam a publicação da regulamentação do novo regime automotivo para darem andamento aos planos de criação de centros de desenvolvimento de produtos no Brasil, conforme seus presidentes afirmaram durante painel realizado nesta quarta-feira no Congresso SAE Brasil 2012, na capital paulista.

O novo regime automotivo já foi anunciado pelo governo em abril deste ano, teve parte de seu conteúdo publicado na aprovação da Medida Provisória 563, mas será completamente detalhado apenas quando a presidente Dilma Rousseff assinar o decreto – o que deve acontecer ainda nesta semana.

O diretor de Engenharia e Cadeia de Suprimentos da JAC Motors, Marcelo Sorato, afirmou que a construção de centros de desenvolvimento no Brasil pode se tornar uma tendência entre as montadoras já que o novo regime prevê incentivos fiscais para investimentos em pesquisa e inovação – programa que leva o nome de Inovar-Auto. De acordo com ele, um futuro centro desse tipo deverá ser construído dentro do parque fabril em Camaçari (BA), onde a JAC ergue sua primeira unidade produtiva no País.

“A JAC tem, sim, intenção de trazer um centro de pesquisa e desenvolvimento para o Brasil e, inclusive, no projeto da fábrica já temos áreas designadas para isso”, afirmou Sorato. Ele, no entanto, deixou claro que o plano ainda é “embrionário” e não há detalhamentos, como o tamanho do investimento e quando o centro ficará pronto – a fábrica na Bahia tem previsão de começar a produção em meados de 2014. A JAC, atualmente, possui três centros de desenvolvimento: um na China, um segundo no Japão e outro na Itália, onde é feito todo o design dos modelos da empresa.

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Alternativas – O gerente sênior de Assuntos Corporativos da Hyundai, Ricardo Martins, também disse que a empresa está esperando a publicação do detalhamento do Inovar-Auto antes de levar à matriz, na Coreia do Sul, o plano de criação de um centro de pesquisa no Brasil. O executivo afirmou que, em um primeiro momento, a Hyundai do Brasil poderá optar por parcerias com centros de tecnologia para atender as exigências do Inovar-Auto em investimento em pesquisa e inovação. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) é um forte candidato a parceiro da montadora coreana.

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De acordo com Martins, o novo regime automotivo ainda prevê, como possibilidade para as montadoras atingirem as exigências de investimento em pesquisa e inovação, a aplicação em um fundo. Essa reserva será utilizada para financiar centros de pesquisa no Brasil e programas de tecnologia, como o Ciência sem Fronteiras, do governo federal. “O que a empresa deixar de aplicar em pesquisa será recolhido para um fundo nacional de desenvolvimento e inovação”, disse.

Autopeças – O gerente da Divisão de Chassis Systems da Bosch, Marcelo Araujo, acredita que o fundamental para a cadeia de autopeças no Brasil é que o novo regime automotivo garanta um número de pedidos sustentável para as indústrias do setor durante os anos em que a lei estiver em vigor. “Precisamos acabar com a variação abrupta de pedidos e o fantasma das importações para que as autopeças possam planejar seus investimentos de longo prazo”, afirmou.

O dirigente da Bosch admitiu que parte da cadeia de autopeças perdeu a competitividade nos últimos anos e que a entrada em vigor do novo regime automotivo é uma oportunidade para as empresas do Brasil retomarem mercado. “Precisamos usar esse momento para repensar o nosso processo produtivo para que ele seja mais eficiente”, disse Araujo.

(Com Agência Estado)

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