Itália revisa para baixo previsões para PIB de 2012 e 2013
Governo espera agora retração de 2,4% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, contra recuo de 1,2% esperados anteriormente
O governo da Itália reduziu suas projeções econômicas para 2012 e 2013, mas reiterou que cumprirá a meta de atingir um orçamento equilibrado no ano que vem. Segundo o Documento de Economia e Finanças (DEF), aprovado em um conselho de ministros nesta quinta-feira, é esperada agora uma retração de 2,4% para o Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, contra um recuo de 1,2% esperados anteriormente (no relatório de 18 de abril).
Para 2013, a estimativa passou de expansão de 0,5% para contração de 0,2%. Mesmo assim, Roma espera expansão em bases trimestrais a partir dos três primeiros meses de 2013. As revisões devem-se, segundo o governo italiano, à piora no cenário econômico internacional, em particular na zona do euro.
O documento, que serve como prévia da lei orçamentária, prevê que o PIB crescerá 1,1% em 2014 e 1,3% em 2015.
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Dívidas – A despeito das projeções de curto prazo revisadas para baixo, a Itália manterá o compromisso fechado com os parceiros da União Europeia de equilibrar seu orçamento no ano que vem, segundo o ministro da Economia, Vittorio Grilli. A previsão para o orçamento está em “termos estruturais”, o que significa que foi ajustada para um ciclo econômico adverso e fatores extraordinários.
A expectativa é que a Itália apresente déficit nominal equivalente a 1,6% do PIB em 2013. Também em termos estruturais, o déficit deste ano está projetado em 0,9% do PIB. O número evidencia a austeridade da política fiscal italiana, que afetou a demanda doméstica e gerou crescimento menor que o esperado. A demanda global pelas exportações italianas também diminuiu, destacou Grilli.
Quanto à dívida pública, a projeção é que em 2012 esta será de 123,3% do PIB, devido à participação da Itália nos fundos de estabilidade europeus e aos empréstimos diretos à Grécia. Para 2013, a expectativa é reduzi-la para 122,3% do PIB, por meio do programa de venda de imóveis e títulos públicos e da própria recuperação da atividade econômica. Já em 2014 e 2015, a Itália planeja um endividamento do Estado de 119,3% e 116,1%, respectivamente.
(com Agência Estado e EFE)