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Bradesco compra HSBC Brasil por US$ 5,2 bi

Com a aquisição, Bradesco vai ter mais de 30 milhões de clientes e cerca de 1,19 trilhão de reais em ativos no país, aproximando-se do principal concorrente, o Itaú

Por Da Redação
3 ago 2015, 09h29

O HSBC anunciou nesta segunda-feira a venda da sua filial brasileira em relatório financeiro referente ao segundo trimestre do ano, conforme já havia sido noticiado pela coluna Radar on-line na noite de ontem. Segundo o comunicado da instituição, o negócio foi fechado no dia 31 de julho e deve ser concluído até o segundo trimestre de 2016. A operação será de 5,2 bilhões de dólares, equivalente a cerca de 17,7 bilhões de reais.

A transação envolve a aquisição por parte do Bradesco de 853 agências distribuídas em 531 cidades brasileiras. A compra vai levar a instituição a ter mais de 30 milhões de clientes e cerca de 1,19 trilhão de reais em ativos no país. Com isso, o Bradesco encosta em seu principal concorrente, o Itaú, o maior banco privado do país, que havia disparado na frente do Bradesco desde a fusão com o Unibanco. No fim de março, o Itaú mantinha 1,2 trilhão de reais em ativos.

“Para o Bradesco, a aquisição possibilitará ganho de escala e otimização de plataformas, com aumento da cobertura nacional, consolidando a liderança em número de agências em vários estados, além de reforçar sua presença no segmento de alta renda”, destaca o Bradesco, em fato relevante, assinado por Luiz Carlos Angelotti, diretor executivo de relações com investidores do banco. “A aquisição permitirá, também, a expansão de suas operações, com a otimização de oportunidades e aumento da gama e do diferencial dos produtos que são oferecidos no Brasil, especialmente nos mercados de seguros, cartão de crédito e administração de fundos”, acrescenta a instituição.

A conclusão da operação ainda depende de aprovações regulatórias. O banco britânico também informou que ainda vai manter uma presença modesta no país com um banco de atacado para atender clientes internacionais. “Esta transação proporciona excelente valor para os acionistas e representa a entrega significativa das ações anunciadas em junho”, destacou o HSBC no relatório.

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O negócio foi concluído quase dois meses depois de o HSBC anunciar um plano de reestruturação global, que envolvia eliminação de cerca de 25.000 vagas e redução de custos da ordem de 5 bilhões de dólares. Além do Bradesco, que sempre foi tido como o favorito, Santander e Itaú também estavam no páreo para comprar a unidade.

Em teleconferência com jornalistas, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi celebrou o negócio: “É a maior aquisição no desenvolviimento histórico do banco. Desde 1943, o Bradesco fez 48 aquisições, entre bancos, financeiras, seguradoras”.

Trabuco também comentou o valor a ser desembolsado na compra da unidade brasileira do HSBC, que superou as expectativas do mercado, de cerca de 4 bilhões de dólares – a filial brasileira do banco britânico fechou no vermelho no ano passado. “O valor pago foi confortável e conveniente. Foi uma fotografia do balanço em determinado momento, com uma estrutura de custos bastante diferente. A integração poderá ter pela complementaridade ganhos de escala, algo importante, e pelo aumento de receitas, produtos e serviços, que consomem menos capital. O portfólio se expande”, avaliou Trabuco.

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(Com Estadão Conteúdo)

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