O ministro de Energia e Mineração da Argentina, Juan José Aranguren, falou nesta sexta-feira sobre as novas tarifas de eletricidade que regerão a partir da próxima segunda-feira e que contemplam aumentos de até 600%, exceto para aquelas famílias com menores recursos, que pagarão uma tarifa social. “Se por um consumo de 180 Kw/h por mês você pagava 25 pesos (6,80 reais), agora pagará 150 (43 reais)”, exemplificou Aranguren em entrevista coletiva. O titular da pasta de Energia informou que ficarão isentos do aumento tarifário aqueles lares com rendas inferiores a dois salários mínimos, ou seja 12.120 pesos brutos (3.481 reais).
Além disso, o governo premiará àqueles usuários que economizem energia: se diminuir o consumo em 10% por ano, o usuário pagará 128 pesos (38,90 reais, 8 reais a menos que na tarifa plena), e se a economia for de 20%, pagará 106 pesos (quase 16 reais a menos que na tarifa plena). O aumento representa a cessação da transferência de recursos do Estado para subsidiar os consumidores, que beneficiou especialmente os clientes das empresas Edenor e Edesur, que fornecem eletricidade aos moradores de Buenos Aires e seu cinturão metropolitano, a área mais populosa do país.
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“Nos últimos anos se manteve um sistema tarifário injusto, no qual se castigou os que menos têm e se afetou várias províncias em um sistema pouco federal”, denunciou o ministro, que indicou que o desequilíbrio tarifário afetou o investimento das elétricas. Com a quitação de subsídios, o governo liderado por Mauricio Macri espera economizar cerca de 4 bilhões de dólares (16 bilhões de reais) anuais. Segundo Aranguren, o Estado gastou cerca de 10 bilhões de dólares (40 bilhões de reais) em subsídios energéticos apenas em 2015.
(Com agência EFE)