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França investiga Lagarde em caso de corrupção

Diretora-gerente do FMI teria agido com negligência em fraude política ocorrida em 2008, quando ela era ministra das Finanças da França

Por Da Redação
27 ago 2014, 12h57

Um tribunal francês está investigando a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, por negligência em um caso de fraude política em 2008, quando ela era ministra das Finanças da França. Em comunicado, Lagarde confirmou a investigação, mas disse que a decisão judicial é “sem base” e que vai contestá-la em um tribunal superior. Ela informou ainda que retornará para Washington nesta quarta-feira para tratar o assunto com o conselho de administração do FMI.

“Estamos entrando com um recurso contra isso”, disse o advogado Yves Repiquet, à Reuters, acrescentando que Lagarde não tem planos de renunciar ao cargo.

A investigação avalia uma suspeita de desvio de fundos públicos e o papel de Lagarde na formação de um painel de arbitragem, que decidiu indenizar o empresário francês Bernard Tapie em mais de 400 milhões de euros. O pagamento foi feito a Tapie como parte de uma disputa com o banco estatal Crédit Lyonnais pela venda fracassada da empresa de artigos esportivos Adidas.

O inquérito já envolveu diversos membros do gabinete do ex-presidente Nicolas Sarkozy e o presidente-executivo da France Telecom, Stéphane Richard, que foi assessor de Lagarde quando ela era ministra das Finanças. Nas rodadas anteriores de interrogatórios, Lagarde acusou Richard de ter usado sua assinatura pré-impressa para assinar um documento que facilitava o pagamento, de acordo com a mídia local. No entanto, Richard disse que Lagarde estava totalmente a par do assunto.

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Investigadores estão tentando determinar se as conexões políticas de Tapie tiveram papel na decisão do governo de recorrer à arbitragem que deu a ele o pagamento. O crime de negligência por uma pessoa com responsabilidade pública na França traz uma pena máxima de um ano de prisão e multa de 15 mil euros.

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O FMI afirmou que não comentará o indiciamento de Largade. “A diretora-gerente já fez declarações sobre o assunto. Viajou a Washington e evidentemente informará o Conselho de Administração (do FMI) o mais rápido possível”, disse o porta-voz do Fundo, Gerry Rice. Lagarde sucedeu em 2011 no comando do FMI o também francês Dominique Strauss-Kahn, afetado por um escândalo sexual em Nova York.

(Com Reuters, France-Presse e Estadão Conteúdo)

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