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Ex-ministra Erenice Guerra é citada na Operação Zelotes

A ex-titular da Casa Civil e o ex-ministro de Minas e Energia Silas Roudeau foram citados por motorista que sacava dinheiro no esquema de corrupção no Carf

Por Da Redação
8 set 2015, 10h56

Apontado na Operação Zelotes como responsável por sacar dinheiro do esquema de corrupção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o motorista Hugo Rodrigues Borges afirmou que a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra mantinha vínculo com um dos escritórios suspeitos de pagar propina a conselheiros do órgão. O Carf é uma espécie de “tribunal” que julga casos de grandes contribuintes em débito com a Receita Federal. Por nove anos, Borges foi uma espécie de “faz-tudo” do advogado José Ricardo da Silva, ex-integrante do Carf, acusado de ser um dos chefes do esquema.

De acordo com reportagem desta terça-feira do jornal O Estado de S. Paulo, o auxiliar sacou 4 milhões de reais em espécie de contas associadas aos escritórios de consultoria de Silva e de um de seus sócios, o lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como “APS”, também alvo da Zelotes.

Em depoimento à CPI do Carf, o motorista contou que Erenice frequentava semanalmente a sede das empresas de Silva, no Lago Sul, em Brasília, acompanhada do ex-ministro de Minas e Energia Silas Roudeau, ligado ao senador Edison Lobão, ex-titular da mesma pasta. De acordo com Borges, as idas “eram bem frequentes” até que a “sociedade” se desfez, em 2012.

“Eram ele (Roudeau) e a Erenice que frequentavam o escritório lá. Eram várias salas de reuniões, então fechavam as portas”, relatou o depoente, que não soube dar detalhes dos assuntos tratados pelos ex-ministros. “Cruzei várias vezes com ela na sala do escritório… era um poço de arrogância.”

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Erenice era a principal auxiliar da então chefe da Casa Civil Dilma Rousseff no governo Lula e a substitui em 2010, quando a petista se lançou candidata à Presidência da República. Deixou o cargo no mesmo ano, após ser acusada de exercer tráfico de influência na pasta.

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Operação Zelotes: nem todos os julgamentos do Carf serão alterados

Segunda fase – A segunda fase da Operação Zelotes, deflagrada na última quinta-feira mira empresas que atuavam para dar fachada legal aos recursos que circulavam no esquema de corrupção do Carf. Conforme fontes com acesso às investigações, a suspeita é de que escritórios de contabilidade, alvos das buscas, forneciam notas fiscais frias para justificar saídas de dinheiro das empresas que pagavam propina a conselheiros do órgão, espécie de “tribunal” que julga casos de contribuintes em débito com a Receita Federal.

Nesta fase, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em nove escritórios de contabilidade no Distrito Federal, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. No jargão dos investigadores, a função dessas empresas era “esquentar” o dinheiro do esquema. O objetivo das ações é ter acesso a provas sobre o envolvimento de doze pessoas jurídicas e onze pessoas físicas com as fraudes.

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(Da redação)

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