Dilma afirma que o Brasil não vai “negociar com a inflação”

No Rio de Janeiro, presidente defende "equação" que equilibre "crescimento econômico e política de governo" para reduzir a desigualdade

Por Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
27 jan 2011, 16h15

Depois de anunciar a construção de 8 mil residências para famílias desabrigadas pela chuva na região serrana do Rio, a presidente Dilma Rousseff afirmou, na tarde desta quinta-feira, que não vai “negociar com a inflação”. Ao responder sobre a avaliação que fazia do seu primeiro mês de governo, com relação à economia, Dilma disse que “a economia vai crescer”.

“Vamos manter o controle da inflação. Não vamos negociar com a inflação. O Brasil vai continuar crescendo sistematicamente”, disse a presidente, para em seguida defender o avanço em direção à redução da pobreza e da desigualdade social. “Nenhum país é grande sem reduzir desigualdade social e regional. É isso que queremos fazer, e isso demanda uma equação que equilibra crescimento econômico e política de governo” contra a desigualdade, defendeu, ressaltando a necessidade parcerias entre governos. Nesse momento, Dilma segurou o braço do governador Sérgio Cabral.

No evento, em que sentou-se entre o governador e o vice, Luiz Fernando Pezão, Dilma Rousseff também pregou a estruturação das defesas civis nos municípios, como forma de evitar catástrofes como a da região serrana do estado. “Temos que estruturar a defesa civil, mas não é só na União e não só nos estados”, disse, assumindo que é preciso dar mais apoio às prefeituras para a criação de sistemas eficazes de defesa civil.