Casino entra com novo pedido de arbitragem contra Diniz

Grupo afirma que intenção é assegurar que pacto de acionistas seja respeitado

Por Da Redação
4 jul 2011, 10h04

Fachada do Grupo Casino em Paris (Eric Piermont/AFP/VEJA)

Para o grupo Casino, a rival Carrefour “pode ser responsabilizada” por se envolver em uma transação que classificou como hostil

O grupo francês Casino informou nesta segunda-feira que entrou, na última sexta-feira, com uma nova solicitação de arbitragem na Câmara Internacional de Comércio contra o empresário Abilio Diniz em uma disputa sobre o mercado brasileiro de varejo. Trata-se do segundo pedido realizado pela empresa.

O Casino informou que está buscando assegurar que o pacto de acionistas, assinado em 2006 entre a rede francesa e Diniz, seja respeitado. As duas partes têm participações de 50% na holding Wilkes, a qual possui dois terços das ações com direito a voto na Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), razão social do Grupo Pão de Açúcar.

Em comunicado, o grupo declarou que a ação visa impedir uma tentativa da rival francesa Carrefour de fundir sua operação brasileira com a CBD. “O Casino reafirma seu compromisso com o grupo Pão de Açúcar, bem como sua confiança na administração da empresa”, afirma.

Transação ‘hostil’ – O Casino acrescentou que o Carrefour “pode ser responsabilizado” por se envolver em uma transação que classificou como hostil. “O grupo Casino considera que o Carrefour e os membros de seu conselho de diretores podem ser responsabilizados por aceitar, apesar de repetidos alertas, uma transação hostil resultante de negociações ilegais”, afirmou.

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A declaração marca o mais recente ataque em uma batalha entre as duas companhias francesas depois que o Pão de Açúcar começou a negociar com o Carrefour uma associação de seus ativos no Brasil. O Casino reiterou que qualquer mudança na CBD exigirá sua aprovação.

Também nesta segunda-feira, o Carrefour informou que seu conselho diretor aprovou o plano proposto pela empresa de investimento brasileira Gama para combinar os ativos do Carrefour no Brasil com os do Grupo Pão de Açúcar.

(com Reuters e Agência Estado)