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Casino diz que ainda não recebeu proposta de Abílio Diniz

Uma semana após o anúncio da operação, grupo francês ainda não tem a documentação; já o Carrefour, tanto já recebeu, quanto aprovou a proposta

Por Beatriz Ferrari, do Rio de Janeiro
4 jul 2011, 12h45

Uma semana após o anúncio do projeto de fusão entre o Pão de Açúcar e a unidade do Carrefour no país, o grupo francês Casino – que tem 43% do capital social do Pão de Açúcar – diz que ainda não recebeu nenhuma proposta oficial para análise. Para que a documentação seja apresentada, é necessário que seja convocada uma reunião da Wilkes – a holding que controla a varejista brasileira e cujo capital é dividido entre o Casino e a família Diniz. A expectativa é que o encontro seja marcado até amanhã.

O Casino aponta que ainda não foi chamado para discutir a operação, enquanto o Carrefour recebeu a proposta ainda na semana passada. Nesta segunda-feira, a documentação foi, inclusive, aprovada pelo conselho de administração do rival francês.

Emergência – O Casino informou que, em 28 de junho, fez um pedido emergencial para que uma reunião da Wilkes fosse marcada. Pelo acordo de acionistas, há sete dias para que haja uma definição. Como o prazo expira meia-noite desta terça-feira, a expectativa é que a data e o local do encontro sejam definidos em breve.

Caberá ao empresário Abílio Diniz – na condição de presidente da Wilkes e como foi ele que recebeu o pedido emergencial – agendar o encontro. Caso não o faça, o Casino pode marcar sozinho a reunião.

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Reencontro – A reunião, que é uma etapa essencial para o futuro do negócio, deve propiciar o reencontro entre os empresários Abílio Diniz, do Pão de Açúcar, e Jean-Charles Naouri, que é acionista majoritário e presidente do Casino. Diniz relatou à revista VEJA que esteve em Paris para apresentar a proposta de fusão ao executivo, que, no entanto, recusou-se a recebê-lo.

O grupo Casino precisa aprovar o projeto para dar prosseguimento às diversas etapas previstas na transação que levará a fusão dos ativos. Uma fonte próxima à negociação diz que é bastante provável que a reunião da Wilkes ocorra no Brasil, haja vista que Naouri encontra-se no país. Na tarde desta segunda-feira, ele vai se encontrar, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, com o presidente da instituição, Luciano Coutinho.

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