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Cade: tese de internacionalização defendida pelo BNDES não faz sentido

Para conselheiro Olavo Chinaglia, tese de campeão nacional é controversa pois varejista é majoritariamente francês

Por Da Redação
1 jul 2011, 12h08

O fortalecimento do Pão de Açúcar e a possibilidade de abertura dos mercados internacionais para produtos brasileiros – argumentos apresentados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para justificar a importância da possível fusão do grupo do empresário Abilio Diniz com a rede Carrefour – foram desculpas criticadas por um dos integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Olavo Chinaglia, conselheiro do órgão responsável pelo julgamento de fusões de empresas no País, disse acreditar que a tese defendida por representantes do governo que apoiam o negócio não faz sentido.

“Não fosse uma tese bastante controvertida, o argumento de campeão nacional parece-me que nem sequer é aplicável ao caso, pois o principal acionista do Pão de Açúcar não é brasileiro”, disse o conselheiro à Agência Estado.

Chinaglia está em Paris, na França, representando o órgão antitruste em uma reunião da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). E é esta avaliação que ele tem apresentado aos franceses e demais estrangeiros que o interpelam procurando uma avaliação sobre o negócio. “À distância é esta avaliação que estou tendo”, disse.

Concorrente – Além de Abilio Diniz, o também francês Casino é sócio do grupo Pão de Açúcar. A empresa, que é o principal concorrente do Carrefour na França, comprou ações preferenciais do grupo brasileiro no mercado, aumentando sua participação societária no Pão de Açúcar de 37% para 43%, num movimento de contra-ataque ao negócio encabeçado por Diniz.

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A manobra visaria a tentar interromper o negócio na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo acordo de acionistas firmado em 2006, o Casino tem opção de assumir o controlo do grupo brasileiro em 2012. “O Cade não tem histórico de aplicar decisões sob esse argumento (de empresa nacional), obstante o caso Ambev”, lembrou Chinaglia. “Portanto, não é um argumento plausível”, acrescentou o conselheiro.

Criada em 1999, a Ambev é a empresa resultante da controversa união entre as duas principais empresas concorrentes no setor de cerveja brasileiras, a Antarctica e a Brahma. Quando foi aprovada pelo Cade, uma das alegações apresentadas pelos sócios da empresa era a importância de se criar uma grande companhia verde e amarela. Anos depois, a empresa se fundiu com o grupo belga Interbrew.

(Com Agência Estado)

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