Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cade põe em xeque fusão entre Sadia e Perdigão

O Conselho de Defesa Econômica divulgou documento que recomenda restrições mais fortes à transação ou a reprovação do negócio

Por Da Redação
10 Maio 2011, 10h19

A fusão que criou a Brasil Foods deve ser julgada em junho, dois anos após a criação da BRF

A procuradoria-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu um duro parecer que ameaça barrar a fusão entre a Sadia e a Perdigão. O documento recomenda restrições mais fortes ou a reprovação do negócio. Segundo fontes do Cade, uma das opções é determinar a venda de uma das marcas.

O documento foi entregue no fim da tarde desta segunda-feira ao conselheiro relator do caso, Carlos Ragazzo. Não é a posição definitiva do Cade, mas representa um indicativo importante, já que costuma ser seguido pelos conselheiros. “Estamos preocupados com essa operação e queremos sinalizar ao conselho que deve haver atenção redobrada”, disse o procurador-geral do Cade, Gilvandro de Araújo.

O voto dos conselheiros só será conhecido em plenário. A expectativa é de que a fusão, que criou a Brasil Foods (BRF), seja julgada em junho, após dois anos de análise. A BRF também pode entrar em acordo com o Cade e evitar o julgamento. O negócio foi fechado em junho de 2009 para resgatar a Sadia, que sofreu prejuízos bilionários com derivativos cambiais na crise global.

Para a procuradoria-geral do Cade, “as empresas não lograram êxito em demonstrar que os benefícios decorrentes da fusão podem ser compartilhados com o consumidor”. Sadia e Perdigão argumentam que vão criar uma grande exportadora nacional de carnes, mas a preocupação do órgão é com o custo para a população, pois as concentrações de mercado ultrapassaram 70% em diversos produtos.

Continua após a publicidade

Com 38 páginas, o parecer emitido ontem é ainda mais restritivo que o da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda. A Seae recomendou a aprovação da operação desde que seguidas uma de duas alternativas: a venda de um conjunto de marcas com preços mais baixos ou o licenciamento por cinco anos das marcas Sadia ou Perdigão.

“As alternativas oferecidas pela Seae não são suficientes para combater os problemas identificados”, diz a procuradoria do Cade. “Ou encontramos restrições que possibilitem efetivamente a um terceiro agente econômico fazer frente ao poder de mercado da Brasil Foods, ou se impõe a reprovação da operação”.

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.