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Brics cobram reforma no FMI; Dilma critica países ricos

As mudanças esperadas nos direitos de voto no Fundo ainda não foram ratificadas pelos EUA, ampliando a frustração em relação às reformas

Por Da Redação
29 mar 2012, 08h26

Em comunicado conjunto, os países que formam os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) pressionaram por mais direitos de voto no FMI. O documento é o produto final da 4º Reunião de Cúpula do grupo de países emergentes, divulgado nesta quinta-feira, em Nova Délhi, na Índia.

“Esse processo dinâmico de reforma é necessário para garantir a legitimidade e a efetividade do Fundo”, afirmaram os países após o primeiro dia de reunião.

“Realçamos que o esforço contínuo para elever a capacidade de empréstimo do FMI só terá sucesso se houver confiança de que todos os membros da instituição estão verdadeiramente comprometidos em implementar fielmente a Reforma de 2010.”

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As mudanças prometidas nos direitos de voto no FMI ainda não foram ratificadas pelos Estados Unidos, ampliando a frustração em relação às reformas do G7 e do Conselho de Segurança da ONU, onde Índia e Brasil pleiteiam há anos assentos permanentes.

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Os líderes dos Brics também acusaram países ricos de desestabilizarem a economia mundial cinco anos após a crise financeira global.

“É crítico que economias avançadas adotem políticas macroeconômicas e financeiras responsáveis, evitando a criação de uma liquidez excessiva global, e adotem reformas estruturais para impulsionar o crescimento que crie empregos”, disseram eles no comunicado conjunto.

Críticas aos ricos – A presidente Dilma Rousseff acusou os países desenvolvidos de prejudicarem outros com políticas monetárias “injustas”.

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Segundo Dilma, a política monetária do mundo rico “traz vantagens comerciais enormes para os países desenvolvidos, e resulta em obstáculos injustos para os outros países”.

O Brasil acusa países ricos de provocarem um “tsunami monetário” ao adotar políticas expansionistas, como taxas de juros baixas e programas de compra de títulos.

As políticas têm o objetivo de estimular as economias da Europa e dos Estados Unidos, mas também provocaram uma onda de liquidez global que afetou mercados emergentes como o Brasil, fortalecendo suas moedas e tornando suas economias menos competitivas no exterior.

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Banco comum – O grupo também concordou em examinar com atenção uma proposta indiana para criar um Banco de Desenvolvimento Sul-Sul, fundado e gerenciado pelos Brics.

A instituição, de acordo com a proposta, poderia ser usada para financiar obras de infraestrutura em países em desenvolvimento e para contribuir com crédito em momentos de turbulência financeira.

“Instruímos os ministros das finanças a examinarem a proposta e responder na próxima reunião”, disse Singh.

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Irã – O comunicado final dos Brics também afirma que a crise sobre o programa nuclear do Irã deve ser resolvida de forma diplomática. Houve também reconhecimento do direito do Irã de buscar energia nuclear pacífica.

“Concordamos que uma solução duradoura para os problemas na Síria e no Irã só pode ser encontrada através do diálogo”, disse o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.

Os cinco países que formam os Brics e que juntos respondem por quase metade da população mundial e por um quinto da produção econômica, assinaram um acordo para ampliar as linhas de crédito em suas moedas locais, com o objetivo de reduzir o papel do dólar no comércio entre eles.

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(Com agências Reuters e France-Presse)

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