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Brics avaliam criação de banco de desenvolvimento

As potências emergentes deverão lançar nesta semana a proposta de um banco e medidas para integrar suas bolsas de valores

Por Da Redação
28 mar 2012, 09h16

O grupo dos Brics – que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – deve lançar nesta semana a proposta de um banco conjunto de desenvolvimento e medidas para aproximar suas bolsas de valores. Autoridades dos países dizem que as iniciativas vão demorar, já que ainda precisam ser definidos os detalhes. Elas marcam, no entanto, um novo grau de ambição para o bloco que reúne cerca de metade da população mundial. O Oriente Médio e a segurança energética também serão discutidos, disseram fontes.

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A sigla Bric foi cunhada em 2001 pelo economista Jim O’Neill, do Goldman Sachs, para descrever a guinada econômica global rumo aos mercados emergentes. A África do Sul aderiu ao grupo somente em 2010. Os países realizaram sua primeira cúpula em 2009 e têm sido criticados por constituir um bloco muito heterogêneo. Especialistas apontam que eles são nada além de uma mera sigla, já que têm dificuldades para encontrar uma causa comum a quatro continentes, com economias, sistemas de governo e prioridades radicalmente diferentes.

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Banco Brics – O anúncio mais relevante da cúpula desta semana na Índia deve ser a intenção de criar um banco de desenvolvimento nos moldes do Banco Mundial. A iniciativa permitiria que os países reunissem recursos para obras de infraestrutura e também poderia ser usada, no longo prazo, como instrumento de crédito durante crises financeiras globais como a que assola atualmente a Europa. O ministro brasileiro de Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, disse na semana passada a jornalistas em Brasília que os Brics devem assinar na cúpula um acordo para estudar a criação do banco.

Índice de derivativos – Na sexta-feira, deve ser lançado um índice de referência para derivativos, a ser usado pelas bolsas dos cinco países, conforme anúncio feito neste mês. Os derivativos seriam listados em todas as bolsas de forma que pudessem ser adquiridos nas moedas locais.

Os líderes também devem assinar acordos permitindo que seus bancos nacionais de desenvolvimento estendam crédito a outros membros em moeda local – um passo rumo à substituição do dólar como principal unidade de transações entre os emergentes.

Irã – Uma fonte de alto escalão do governo indiano disse que o Oriente Médio e a segurança energética estarão em destaque na agenda, incluindo o Irã. O embaixador russo em Nova Délhi disse nesta semana que uma discussão sobre a Síria estaria entre as prioridades.

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Enquanto a sessão plenária da cúpula, na quinta-feira, deve se concentrar em pontos de afinidade, os encontros bilaterais paralelos podem tocar em questões mais delicadas. A política cambial chinesa, por exemplo, tem gerado protestos de vários países, inclusive de industriais brasileiros, que acusam Pequim de manter o yuan artificialmente desvalorizado. A maioria dos membros do bloco também enfrenta desaceleração em suas economias. “Por diferentes razões, cada um (dos países) tem alguma questão política séria a tratar aqui, que determinará se eles continuam no caminho com o qual todos nos animamos tanto”, disse O’Neill.

Apesar dos problemas, a perspectiva de crescimento ainda é melhor do que na maior parte do mundo desenvolvido, o que significa que a influência dos Brics deve continuar crescendo. O’Neill prevê que o PIB total do bloco superará o dos EUA dentro de três anos, e que a economia chinesa, sozinha, vai se tornar a maior do mundo até 2027.

(com Reuters)

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