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Inadimplência mais alta impactará bancos em 2016, diz BC

Avanço da inadimplência motivará maiores despesas com provisões e achatará margens de instituições financeiras, diz relatório da autoridade monetária

Por Da Redação
7 abr 2016, 12h07

O Banco Central avalia que o avanço da inadimplência neste ano trará consequências para o balanço dos bancos, com aumento das provisões e achatamento de margens, segundo Relatório de Estabilidade Financeira divulgado nesta quinta-feira.

No documento, o BC informou que as instituições já haviam aumentado suas provisões no segundo semestre de 2015, preparando-se para cenário adverso, com perspectiva de baixo crescimento das concessões e de aumento dos atrasos nos pagamentos. Segundo o BC este cenário deve afetar especialmente as instituições públicas.

“A inadimplência mais elevada implicará maiores despesas com provisões, acarretando queda das margens líquidas de intermediação e crédito, pressionando a rentabilidade do sistema, especialmente nos bancos públicos, por carregarem em seus portfólios maior proporção de linhas de crédito de menor margem”, trouxe o documento.

Segundo o BC, o cenário de derrocada da economia, com juros elevados e a deterioração no mercado de trabalho e no nível de confiança de empresas e famílias, começou a se refletir “de maneira mais pronunciada” nos indicadores de crédito.

A resposta das instituições financeiras ao cenário mais difícil se deu pelo aperto na concessão de novos empréstimos na segunda metade do ano passado, sendo que os bancos privados aumentaram “de modo significativo” a cobertura de provisões para a inadimplência.

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Para a autoridade monetária, a perspectiva de baixo crescimento das concessões vai continuar diminuindo a participação do crédito no resultado dos bancos. Com isso, as receitas de serviços, seguros e cartões devem ganhar importância do lucro líquido das instituições.

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Lava Jato – O BC informou ainda que “seguem como fatores de atenção contínua” os efeitos nas instituições do sistema financeiro decorrentes do aumento do risco de crédito das empresas investigadas na operação Lava Jato, bem como os setores e respectivas cadeias produtivas mais vulneráveis ao cenário econômico”.

Apesar das ressalvas, para o BC a liquidez no sistema financeiro se manteve suficiente no último semestre, e que a solvência seguiu em patamar elevado no período. Destacou ainda que, em situações de estresse, o sistema continuou mostrando capacidade de suportar choques de cenários adversos, como mudanças abruptas nos juros e câmbio.

(Com Reuters)

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