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Após tragédia, cidades fazem pente-fino em casas noturnas

De Manaus a Fortaleza, boates entram na mira das prefeituras. Governos de São Paulo e Rio já anunciaram endurecimento de regras

Por Da Redação
30 jan 2013, 07h09

Após a tragédia que matou 235 jovens em Santa Maria, as principais capitais do país intensificaram a fiscalização de casas noturnas. E o resultado do pente-fino já pode ser percebido: muitas boates começam a fehcar as portas. Até 18 horas de terça-feira, 27 casas de shows haviam sido interditas pela prefeitura de Manaus, entre elas a boate Tropical Club, no complexo do Hotel Tropical.

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Em Salvador, o prefeito Antonio Carlos Magalhães Neto determinou a inspeção em todos os estabelecimentos noturnos e camarotes de carnaval. Na segunda, casas foram notificadas e uma borracharia foi proibida de funcionar como boate. O local, ao anoitecer, virava uma balada.

Em Fortaleza, todas as boates e casas de shows passarão por vistoria da prefeitura e dos bombeiros. Na terça-feira a fiscalização começou pelas boates da Praia de Iracema, as mais frequentadas por jovens e turistas. Nenhuma foi fechada. No Recife, a prefeitura criou dois grupos de trabalho. O primeiro, de atuação imediata, se concentrará na fiscalização da estrutura do carnaval. O segundo grupo vai estudar a lei e levar propostas de melhoria ao prefeito até o fim de fevereiro.

Em Minas, os deputados Alencar da Silveira Júnior (PDT) e Thiago Ulisses (PV) apresentarão na próxima semana projeto para proibir uso de comandas. Em Santa Maria, quando o fogo começou, os seguranças impediram que as pessoas saíssem sem pagar as comandas.

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Governos estaduais – Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin anunciou a Operação Prevenção Máxima, destinada à vistoria de locais que abrigam eventos com grande concentração de pessoas no estado paulista. “Todas as casas noturnas com mais de mil metros quadrados serão vistoriadas, e depois todas as demais”, afirmou. A ação não se limitará a casas noturnas ou boates, e será realizada também em edifícios com demanda de reuniões públicas, como teatros e clubes. A operação envolverá 300 equipes de bombeiros.

De acordo com o governo do estado, o Corpo de Bombeiros analisa a alterações nas regras do estado para tornar mais rígidas as normas que definem os materiais permitidos em revestimentos de paredes e tetos, usados normalmente em sistemas de isolamento acústico. O objetivo é exigir dos proprietários de estabelecimentos laudos que atestem que os produtos utilizados são resistentes ao fogo.

No estado do Rio de Janeiro, o Corpo de Bombeiros vai aumentar a equipe encarregada da fiscalização de estabelecimentos comerciais. Hoje, 200 bombeiros são responsáveis por todo o trabalho de fiscalização, que inclui a verificação anual das casas de shows, das boates, dos teatros, dos estádios de futebol, dos centros de convenção e as autorizações para grandes eventos como shows na praia. Em 15 dias, o grupo terá entre 400 e 500 homens, segundo o coronel Roberto Fontenelle, diretor geral de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros.

O aumento será possível com o acúmulo de funções. Um bombeiro que hoje atua no serviço de notificação de multas terá como tarefa adicional a realização de vistorias. “Nossa meta é aumentar em 3.100 o número de vistorias mensais no estado”, explicou Fontenelle, acrescentando que os 31 quarteis do Corpo de Bombeiro começam a ampliar duas equipes de fiscalização na semana que vem.

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(Com Estadão Conteúdo)
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