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Conheça as missões espaciais que marcarão 2016

Um projeto que busca verificar a existência de vida em Marte e um programa para estudar a atmosfera de Júpiter estão entre os destaques do ano

Por Gabriela Neri
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h59 - Publicado em 3 jan 2016, 13h01

Em 2016, os estudos sobre Marte devem continuar em destaque na agenda da exploração espacial. Em 14 março, a missão ExoMars será lançada para verificar se existem resquícios de vida no segundo menor planeta do Sistema Solar. Resultado de uma parceria entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Roscosmos, a agência espacial russa, o programa vai procurar a “assinatura” do planeta – tipo de atividade biológica que existiu ou existe por lá -, e investigará o ambiente geoquímico e os gases existentes na atmosfera marciana. Os dados recolhidos devem ajudar em futuras missões de exploração de Marte.

“Uma das prioridades para a astronomia é entender a origem da vida no Universo. Existe a teoria de que a Terra é um sistema biológico fechado, ou seja, tudo nasceu aqui. Há outra que questiona essa hipótese: será que a vida que existe no nosso planeta veio de fora? Missões como a ExoMars vão testando teorias que podem ajudar a entender de onde veio a vida em nosso planeta”, disse Vanderlei Parro, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG) e diretor do Núcleo de Sistemas Eletrônicos Embarcados (NSEE) do Instituto Mauá de Tecnologia.

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Marte pode ter sido semelhante à Terra – ou seja, quente, úmido, com água e, talvez, vida – há bilhões de anos. Por isso, compreender sua evolução e a hipótese da existência de vida ali pode trazer pistas de como seria a evolução da Terra. Em dezembro, outra missão para estudar o planeta, a InSight, foi suspensa pela Nasa por problemas em um dos seus principais equipamentos científicos. A missão pretendia estudar a estrutura interior de Marte para esclarecer como o planeta evoluiu geologicamente ao longo dos anos.

O ano de 2015 já foi repleto de grandes novidades sobre Marte. Em setembro, a Nasa revelou uma pesquisa científica que mostra que, atualmente, fios d’água salgada – de origem desconhecida – fluem periodicamente por Marte. Em outubro, a agência espacial anunciou grandes descobertas feitas pela sonda Curiosity: a presença de lagos e correntes d’água no passado do segundo menor planeta do Sistema Solar. Os estudos são relevantes porque, segundo Charles Bolden, administrador da Nasa, estamos “mais perto do que nunca de enviar astronautas para Marte”. A estimativa é de que as missões de exploração comecem em 2030.

O fim da Rosetta – O ano de 2016 também será marcado pelo término de uma das missões mais importantes da história da astronomia, a Rosetta. Em 12 de novembro de 2014, ela realizou um pouso histórico: o módulo Philae, liberado pela sonda Rosetta, se tornou o primeiro objeto a pousar em um cometa, o 67P/Churyumov-Gerasimenko. O objetivo da missão é o estudo da origem dos cometas e a relação deles com o princípio da formação do Sistema Solar, já que, segundo teorias, esses corpos celestes podem ter sido os responsáveis por trazer água, ou até mesmo vida, para os planetas.

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Alguns estudos com a conclusão das análises sobre os dados recolhidos por Philae foram publicados em 2015, mas, com o término da missão, os cientistas esperam novas revelações sobre a constituição e evolução dos cometas, bem como sua relação com a existência de água – ou vida – nas galáxias.

O perfil dos ventos – A Aelous, missão que também será lançada em 2016, deve ser outro destaque para o próximo ano. Essa é a primeira missão espacial que perfilará os ventos em escala global. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), ela fará cerca de 100 perfis de vento por hora – inclusive em áreas remotas que carecem de estações meteorológicas terrestres. A missão é composta por um satélite de estrutura simples e comum com vários sensores que medirão a velocidade e as características dos ventos com precisão.

“Esse mapeamento dos ventos será de grande importância. Além de ajudar a melhorar os modelos matemáticos, ele também contribui uma melhora nas previsões meteorológicas. Em uma época de grande preocupação com as alterações climáticas, essa missão ajudará a prever possíveis catástrofes causadas por essas transformações climatológicas”, declarou Parro.

Confira uma lista com as principais missões espaciais de 2016:

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