Uber tem prejuízo de US$ 5 bi no 2° trimestre, o maior de sua história
Valor é cerca de seis vezes maior do que os US$ 878 milhões registrados no mesmo período do ano passado
A Uber divulgou prejuízo de 5,24 bilhões de dólares no segundo trimestre deste ano. O valor é quase seis vezes maior do que os 878 milhões de dólares registrados no mesmo período do ano passado. Este foi o pior balanço trimestral da história da empresa.
Parte desse prejuízo tem explicação nos 3,9 bilhões de dólares em despesas com remuneração de ações relacionadas à abertura de capital da empresa nos Estados Unidos. O balanço trimestral da empresa foi divulgado na quinta-feira, 8.
As despesas da Uber subiram 147%, para 8,65 bilhões de dólares, no trimestre passado, incluindo um aumento acentuado nos gastos com pesquisa e desenvolvimento. “Enquanto continuamos a investir agressivamente no crescimento, também queremos um crescimento saudável, e neste trimestre fizemos um bom progresso nessa direção”, disse o vice-presidente financeiro da empresa, Nelson Chai. Já a receita total aumentou 14,4%, para 3,17 bilhões de dólares.
De acordo com a Uber, os usuários ativos mensais aumentaram para 99 milhões no mundo, de 93 milhões no final do primeiro trimestre e 76 milhões no ano anterior em todo o mundo.
A América Latina foi a única região em que a empresa mostrou queda no faturamento no segundo trimestre. Houve uma retração de 24%, indo a 417 milhões de dólares, ante 547 milhões no mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, nos Estados Unidos e Canadá o faturamento subiu 19%, para 1,77 bilhão de dólares. Na região formada por Europa, Oriente Médio e África a receita subiu 22%. Na Ásia-Pacífico, houve crescimento de 13%
No semestre, a América Latina também é a única que mostra recuo na receita, de 19%, para 867 milhões de dólares. A empresa, que ainda não deixou claro se obterá lucro, está tentando convencer os investidores de que o crescimento virá não só de seus serviços de transporte, mas também de outros serviços de logística e entrega de alimentos, como o Uber Eats.
(Com Reuters)