Itália também tem encontro urgente com ministro das Finanças da zona do euro

O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, convocou nesta quarta-feira a ministra da Economia, Elena Salgado, para analisar as instabilidades recentes do mercado financeiro local. Zapatero se refere à forte alta dos prêmios de risco, que são os juros exigido sobre os títulos da Espanha frente aos da Alemanha. O índice destes títulos superou na terça-feira pela primeira vez os 400 pontos e repetiu o resultado nesta quarta-feira, a 407 pontos.

Zapatero se reunirá com Salgado e com o ministro do Desenvolvimento e porta-voz do governo, José Blanco, “para analisar os últimos movimentos dos mercados financeiros”, segundo informou o governo em um comunicado. O presidente, que estava de férias marcadas para o início desta semana, adiou a folga para acompanhar a situação da economia. Entre as economias da zona do euro, a Espanha tem a maior taxa de desemprego, mas reluta em eliminar o excesso de benefícios sociais.

Itália – Em outro país da zona do euro que enfrenta dificuldades na situação fiscal, os líderes também se reuniram para ditar as diretrizes da política econômica. O líder dos ministros das Finanças da Eurozona, Jean-Claude Juncker, e o ministro italiano da pasta, Giulio Tremonti, afirmaram nesta quarta-feira, após uma reunião em Luxemburgo, que seguirão “refletindo com calma” sobre a crise da dívida da união monetária.

“Tivemos uma longa conversa sobre todos os problemas que a zona euro enfrenta. Continuaremos nossa reflexão de maneira calma”, disse Juncker, também primeiro-ministro de Luxemburgo. As taxas dos títulos italianos a 10 anos alcançaram um novo recorde histórico nesta quarta-feira ante às persistentes dúvidas que provocam a elevada dívida do país e seu frágil crescimento, no momento em que a pressão dos mercados se aprofunda também sobre outros Estados da zona euro. “Foi uma conversa longa e frutífera”, declarou Tremonti, sem revelar detalhes sobre a reunião, que durou quase duas horas.

(Com Agência France-Presse)