Após escândalo, Volks vai cortar 1 bilhão de euros em investimentos
Medidas fazem parte dos esforços da companhia para enfrentar a maior crise corporativa em 78 anos de história
O grupo alemão Volkswagen anunciou nesta terça-feira um plano de cortes de investimentos de 1 bilhão de euros na sua principal marca, a Volkswagen. A divulgação dos ajustes ocorre num momento em que a montadora enfrenta a sua maior crise corporativa em 78 anos de história após vir à tona o escândalo de fraudes em emissões de poluentes.
“A nova diretoria da marca VW adotou hoje uma série de decisões estratégicas em uma reunião extraordinária, e seu presidente, Herbert Diess, determinou um corte de investimentos de um bilhão de euros ao ano e a intensificação de medidas de eficiência”, informou a empresa.
O novo presidente do grupo também afirmou que a empresa vai se concentrar na fabricação de carros híbridos e elétricos e renovar o sistema dos veículos a diesel para torná-los mais limpos, numa clara tentativa de mostrar a preocupação da empresa com o meio ambiente. “A marca Volkswagen se reorienta para o futuro. Seremos mais eficientes, reorganizaremos nossa gama de produção e nossas tecnologias de ponta e, em combinação com a aceleração de medidas de eficiência, teremos mais espaço para as tecnologias mais modernas”, disse Diess.
O grupo Volkswagen admitiu, em setembro, ter instalado um software que falsificava os dados de emissões de poluentes em 11 milhões de veículos a diesel. A montadora, com sede em Wolfsburgo (norte da Alemanha), emprega mais de 600.000 funcionários em todo o mundo.
O escândalo levou à derrubada de um quarto do seu valor de mercado, forçou a demissão de seu presidente-executivo e atingiu tanto a indústria automobilística global como a economia alemã. Alguns analistas já dizem que o grupo deve gastar até 35 bilhões de euros para reaparelhar veículos, pagar multas regulatórias, processos judiciais e outros custos.
Leia também:
S&P rebaixa nota da Volkswagen por escândalo
Volkswagen já é acionada na Justiça brasileira para explicar fraude
(Com agências)
Bolsonaro teme que ofensiva anti-Moro no TSE legitime inelegibilidade
Madonna: participação ‘muda’ de Anitta teve motivo prévio
O novo plano de Bolsonaro para tentar anistia e disputar eleição em 2026
Pauta-bomba acesa por Pacheco no Senado não terá vida fácil — e com razão
Apresentadora Christina Rocha é demitida do SBT; saiba o motivo
