Taxa de juro para o consumidor é a menor em 18 anos
Juro recua para o mesmo nível do início do período da estabilização da economia brasileira em 1995; pesquisa da Anefac mostra tendência de novas quedas neste ano
Os juros médios das operações de crédito recuaram dezoito anos no tempo. Segundo pesquisa mensal da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa para pessoa física encerrou janeiro em 5,43%, 0,01 ponto porcentual menor que em dezembro do ano passado. Com isso, o juro médio pago pelo consumidor é a mesmo de 1995. No ano passado, a série histórica já demonstrava tendência de queda.
A expectativa da associação é que os valores voltem a diminuir nos próximos meses. A melhora da economia, a maior competição no sistema financeiro e a expectativa de redução dos índices de inadimplência são os fatores que contribuem para novas reduções.
De acordo com a Anefac, três das seis linhas de crédito para pessoas físicas pesquisadas mantiveram-se inalteradas em relação a dezembro: cartão de crédito rotativo (juro de 9,3%), empréstimo pessoal feito por bancos (2,93%) e empréstimo pessoal feito por financeiras (6,96%). Juros do comércio (4%) e cheque especial (7,77%) tiveram redução, respectivamente de 0,06 e 0,05 ponto porcentual. O financiamento de veículos feito por bancos (1,54%) subiu 0,02 ponto porcentual.
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O comportamento no segmento pessoa jurídica é idêntico. O juro médio de 3,07% é o menor em 18 anos. Das três taxas de juros cobradas para as pessoas jurídicas, desconto de duplicatas (2,22%) manteve-se inalterada, conta garantida (5,55%) teve queda de 0,02 ponto porcentual, e capital de giro (1,45%) teve elevação de 0,04 ponto porcentual.