Renault encerra 2012 com lucro 15% menor
As vendas globais de veículos da empresa recuaram 18% em 2012, para 2,55 milhões de unidades, em bases anuais
O lucro da Renault caiu 15% no ano passado e que espera que as vendas de novos modelos ajudará suas operações automotivas a registrarem lucro neste ano. A montadora, na qual o governo francês tem uma participação de 15%, disse que seu lucro líquido diminuiu para 1,77 bilhão de euros (2,38 bilhões de dólares) em 2012, apesar de um ganho de capital de 924 milhões de euros com a venda de sua participação restante na fabricante de caminhões sueca Volvo A/B. Às 8h55 (de Brasília), as ações da Renault subiam 6,03% na Bolsa de Paris.
A Renault levantou 1,48 bilhão de euros com a venda da Volvo, o que permitiu que ficasse livre de dívida no fim do ano passado com um caixa líquido de 1,49 bilhão de euros, ante um dívida líquida de 299 milhões de euros no fim de 2011. A montadora recebeu 507 milhões de euros em rendimentos de dividendos provenientes de suas participações em companhias listadas em bolsa, principalmente da parceira japonesa Nissan Motor, na comparação com os 336 milhões de euros em 2011.
O lucro operacional da empresa recuou para 729 milhões de euros no ano passado, de 1,09 milhão de euros em 2011, com a divisão automotiva, a principal da Renault, registrando um prejuízo líquido de 25 milhões de euros, ante lucro de 330 milhões de euros em 2011.
A empresa disse que o efeito positivo de 520 milhões de euros proveniente de reduções de custos foi mais do que ofuscado pelo enfraquecimento das vendas e pela guerra de preços na Europa, que forçou a Renault e outras montadoras a reduzirem suas margens para manter os volumes das vendas. Segundo a Renault, as vendas globais de veículos recuaram 18% em 2012, para 2,55 milhões de unidades, em bases anuais. Na Europa, as vendas da montadora aumentaram 9,1%. A receita da montadora teve queda de 3,2% em 2012, para 41,27 bilhões de euros.
A montadora está atualmente em negociações com os sindicatos trabalhistas franceses sobre mudanças no pagamento e nas condições de trabalho para melhorar a produtividade e aumentar a produção em suas fábricas na França.
(Com Estadão Conteúdo)