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Queda de avião na Ucrânia pressiona mercados internacionais

Acidente agravou o clima de pessimismo desencadeado pelas sanções contra a Rússia, fazendo com que bolsas americanas e europeias operassem em baixa

Por Da Redação
17 jul 2014, 18h12

A queda de um avião da Malaysia Airlines, com 295 passageiros a bordo, próximo à fronteira entre Rússia e Ucrânia intensificou o clima de tensão nos mercados financeiros internacionais. O pessimismo, que já havia sido desencadeado há um dia pelo anúncio de novas sanções políticas e econômicas contra a Rússia, fez com que o Dow Jones, princicipal índice de Wall Street, operasse em queda de 0,97%, enquanto o S&P 500 recuou 1,23% e o Nasdaq perdesse 1,46%. No Brasil, o dólar subiu 1,6%, para 2,25 reais, também impulsionado pela instabilidade na Ucrânia. Trata-se da maior cotação da moeda americana ante o real em seis semanas.

Apesar de a queda ter ocorrido pouco antes do fechamento dos mercados europeus, foi suficiente para assustar os investidores. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou com queda de 0,95%, para 1.363 pontos. O pior desempenho foi observado em Milão, com o índice Ftse/Mib desvalorizando-se 2,21%, para 20.603 pontos. Em Paris, o CAC-40 perdeu 1,21%, para 4.316 pontos. Em Madri, o Ibex-35 caiu 1,17%, para 10.543 pontos. Em Londres, o FT500 teve baixa de 0,68%, para 6.738 pontos. Em Frankfurt, o DAX caiu 1,07%, para 9.753 pontos. Em Lisboa, o PSI20 recuou 0,79%, para 6.249 pontos.

Incertezas no exterior – Por volta de 12 horas (em Brasília), uma aeronave da Malaysia Airlnes voava de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, quando foi abatida por um míssil a uma altitude de 10.000 metros sobre o leste da Ucrânia, região onde separatistas pró-Rússia enfrentam as forças de Kiev. No final da tarde, Israel iniciou uma ofensiva na Faixa de Gaza, depois que foguetes lançados a partir da região controlada pelo grupo fundamentalista Hamas caíram em território israelense, quebrando uma trégua humanitária temporária acordada na quarta-feira. Com isso, o premiê israelense Benjamin Netanyahu ordenou forças do país a iniciar operação contra a “infraestrutura de terror do Hamas”, segundo comunicado do Exército de Israel.

As tensões no cenário global aumentaram quando Estados Unidos e a União Europeia anunciaram na terça-feira uma nova rodada de sanções políticas e econômicas contra a Rússia. Em movimento coordenado com Bruxelas, as medidas apresentadas por Washington tiveram como alvo empresas dos setores de energia e finanças, como a petrolífera Rosneft, a produtora de gás Novatek e os bancos Gazprombank e Vnesheconombank. Com isso, o índice da bolsa de Moscou, Micex, caiu 2,3%, para 1.440,63 pontos. Ao longo do dia, ele chegou a recuar para 1.429,08 pontos, o menor nível desde maio.

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Brasil – O clima de aversão ao risco no exterior, aliado às preocupações com o grupo português Espírito Santo e à fraqueza do setor imobiliário norte-americano, também abalava a confiança do investidor no Brasil nesta quinta-feira. O principal índice da BM&FBovespa, o Ibovespa, fechou em queda de 0,14%, aos 55.637,51 pontos. A Petrobras impediu uma queda maior do Ibovespa, já que investidores correram para ações de empresas estatais na expectativa que a pesquisa de intenção de votos que será divulgada pelo Datafolha mostre queda da presidente Dilma Rousseff. A Petrobras fechou em alta, pelo sétimo pregão consecutivo, de 1,85% para ações ordinárias (com direito a voto), e 1,29% para as preferenciais.

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Já a Oi teve queda de 6,25%, devolvendo parte do ganho de 12,8% da véspera após a operadora e a Portugal Telecom, com quem está em processo de fusão, terem suas classificações de risco cortadas para grau especulativo pela Fitch.

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(com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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