Premiê da China tenta acalmar investidores globais
Li Keqiang afirmou que o governo conta com políticas bem preparadas e pretende avançar com investimentos em infraestrutura
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, tentou acalmar investidores globais nesta sexta-feira, afirmando que o país está pronto para sustentar a economia em desaceleração. Ele destacou que o governo dispõe das políticas necessárias e vai avançar com investimentos em infraestrutura. Dados econômicos recentes mais fracos e sinais de riscos financeiros afetaram as perspectivas para a segunda maior economia do mundo, provocando rumores sobre iminentes ações do governo ou mesmo um pequeno plano de estímulo para sustentar o crescimento.
“Eles não querem que investidores e empresas percam a confiança. Então obviamente querem deixar claro que têm a capacidade de atuar se necessário”, disse o economista do Capital Economics Julian Evans-Pritchard.
Em discurso para uma reunião no nordeste da China feito na quarta-feira e divulgado pela agência de notícias Xinhua na sexta-feira, Li afirmou que o governo tem políticas bem preparadas e que vai implementar medidas direcionadas passo a passo para ajudar a economia. “Reunimos experiência depois de enfrentarmos com sucesso a desaceleração econômica no ano passado e temos políticas para conter a volatilidade econômica para este ano”, disse. “Lançaremos medidas relevantes e potentes de acordo com o que planejamos em nosso relatório de trabalho do governo”, completou ele, referindo-se a seu relatório para a sessão anual do Parlamento da China mais cedo neste mês.
Leia também:
China aumenta austeridade para gastos públicos
Indicadores econômicos desaceleram na China no 1º bimestre
Entre essas medidas estão a aceleração da construção de infraestrutura básica, incluindo estradas de ferro, rodovias e projetos de conservação de água, assim como impulsionar o comércio e reduzir os custos financeiros das empresas. “A performance geral da economia até agora neste ano é relativamente estável e vimos algumas mudanças positivas, mas não podemos negligenciar a crescente pressão e dificuldades”, afirmou Li.
A China determinou uma meta de crescimento econômico de 7,5% para 2014, o que alguns economistas dizem ser ambicioso demais após um primeiro trimestre provavelmente fraco.
(com agência Reuters)