Grife italiana Prada abre capital na bolsa de Hong Kong

Objetivo é expandir a empresa no mercado asiático - e captar US$ 2,6 bi

Por Da Redação
6 jun 2011, 11h13

Loja da Prada (Dan Kitwood/Getty Images/VEJA)

Cerca de 95% da grife é de propriedade do presidente executivo, Patrizio Bartelli, e sua esposa, a estilista Miuccia Prada

A grife italiana Prada realizará oferta pública inicial de ações (IPO) na bolsa de valores de Hong Kong com o objetivo de levantar 2,6 bilhões de dólares. A estratégia é valorizar a marca de bolsas e a Miu Miu, especialmente frente a seus concorrentes europeus como Burberry e LVMH. As informações são de uma fonte próxima à empresa.

A Prada estabeleceu um preço inicial de 36,5 dólares de Hong Kong a 48 dólares de Hong Kong pelo inicial preço da ação, na tentativa de atrair os investidores asiáticos. O IPO foi determinado a partir de um valor 27 vezes maior que a projeção de ganhos de 2011.

A Prada não foi encontrada para comentar o assunto. A grife é a primeira italiana a abrir capital em Hong Kong. A decisão pode estar explicada no fato de o mercado asiático ser responsável por 40% das vendas da Prada em 2010 – que alcançaram dois bilhões de euros.

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A abertura de capital – articulada para expandir na Ásia e sanar a dívida de um bilhão de euros da empresa – se bem sucedida, poderá transformar a Prada em uma das marcas de luxo mais valiosas do mundo. Pra investidores, porém, a operação pode ser arriscada. Alguns especialistas acreditam que não há razão para que as ações sejam negociadas a um preço mais alto que a concorrente LVMH, que possui um portfólio de marcas mais diversificado que o da italiana.

Cerca de 95% da grife é de propriedade do presidente executivo, Patrizio Bartelli, e sua esposa, a estilista Miuccia Prada. De acordo com a consultoria McKinsey, no ano de 2015, a China será responsável por 20% do mercado de luxo global.

(Com agência Reuters)