Cepal reduz previsão de crescimento para América Latina
A lenta expansão econômica esperada para o Brasil este ano e ainda fraca recuperação das exportações da região devem pesar sobre o crescimento
As economias que mais vão crescer em 2013 serão Paraguai e Panamá, com altas de 10% e 8%, respectivamente, segundo a Cepal
O crescimento econômico na América Latina e Caribe deve acelerar em 2013 em relação ao ano passado, embora em um ritmo mais lento do que previsto inicialmente, informou nesta terça-feira a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), da Organização nas Nações Unidas (ONU). Contudo, a expansão mais lenta do Brasil e a demanda menor pelas exportações da região, que é dependente de commodities, devem pesar neste ano.
A expectativa é de que a região tenha crescimento de 3,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, abaixo da estimativa de dezembro, de crescimento de 3,8%, mas ainda acima da estimativa preliminar de 3% em 2012, informou a Cepal. Para o Brasil a projeção é de expansão de 3%, abaixo da estimativa anterior de 4%. De acordo com a Cepal, as economias que mais vão crescer em 2013 serão Paraguai e Panamá, com altas de 10% e 8%, respectivamente.
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Entre os principais focos de risco, a Cepal destacou a crise que afeta a zona do euro e as perspectivas pouco favoráveis para as exportações. Entretanto, a Cepal manteve sua perspectiva de crescimento do PIB do México de 3,5% para este ano, beneficiado por um maior impulso esperado para a economia dos Estados Unidos.
A Cepal também reduziu sua previsão de crescimento para a Argentina em 2013 a 3,5%, ante 3,9% anteriormente. No caso da Colômbia, a entidade espera uma expansão do PIB de 4,5% este ano, enquanto que para o Peru e o Chile a expectativa é de crescimento de 6% e 5%, respectivamente.
(com agência Reuters)