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Líderes da UE divergem sobre orçamento do bloco

Reunião de dois dias para definir orçamento da eurozona começa nesta quinta-feira, já com interesses contrários

Por Da Redação
22 nov 2012, 17h49

Os líderes da União Europeia (UE) já chegaram descontentes à reunião desta quinta-feira da União Europeia, que discutirá o orçamento do bloco. A Grã-Bretanha liderou o grupo que abafou as esperanças de que um acordo seja feito. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse a repórteres que “não estava contente” com as propostas apresentadas e prometeu tentar conseguir o melhor acordo para o seu país.

Acredita-se que Cameron poderia vetar as discussões se os outros não concordarem com o seu pedido de congelamento dos gastos da UE. Outros líderes também soltaram ameaças sobre o encontro, que tradicionalmente reserva uma das discussões mais explosivas da agenda europeia. Pouco depois de Cameron, seu aliado holandês, Mark Rutte, afirmou que carrega uma metafórica “arma carregada” em seu bolso, para o caso de seus desejos não serem atendidos.

A Polînia lidera o grupo de 15 países contrários a cortes no fundo que ajuda países pobres da UE, do qual Grécia, Espanha e Portugal estão inclusos. No outro extremo estão os países nórdicos, os credores do fundo, que exigem que o orçamento de cerca de 1 trilhão de euros reflita o aperto de cintos vigente na Europa.

“Todos aqueles que querem promover crescimento na Europa, que pensam em mais empregos e investimentos para emergir da crise, devem apoiar a Polônia em nosso esforço por um fundo maior para nações mais pobres”, disse o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.

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O orçamento de 2014 a 2020 define tetos de gastos para todas as áreas de políticas da UE, com a maior parte do dinheiro tradicionalmente destinada a subsídios agrícolas e financiamento para os países em dificuldades. Discussões na semana passada colocaram o teto próximo a 975 bilhões de euros, valor que passa longe dos cortes exigidos por Cameron e outros ministros. “Obviamente, em um momento em que tomamos decisões difíceis em casa sobre gastos públicos, seria errado existirem propostas com um aumento tão grande de gastos na UE”, disse Cameron. Ele defende corte de custos administrativos do bloco.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel disse que está cautelosa quanto a expectativas de um acordo esta semana. Seu colega francês, François Hollande, criticou aqueles que definem “ultimatos” em vez de estarem dispostos a se comprometer.

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Ainda que um atraso não seja catastrófico, o objetivo é chegar a um acordo, já que as relações dos membros da eurozona já estão abaladas pela contínua crise na Grécia e a crescente disputa com a Grã-Bretanha, que atualmente reavalia todo seu relacionamento com o bloco.

Se a reunião não for bem-sucedida, a questão deve se agravar no próximo ano, e pode ameaçar a implementação de uma série de programas da UE. “Se isso não se resolver, vamos nos assegurar para que o humor não fique sombrio e para que não tenhamos que gastar meses reconstruindo relacionamentos pessoais”, disse o holandês Rutte.

(com Estadão Conteúdo)

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