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IPO no Brasil seria bom para o Carrefour, dizem analistas

Rede francesa pode tentar listar uma parte minoritária da sua joia da coroa no Brasil, o Atacadão

Por Da Redação
22 nov 2012, 12h13

O Carrefour tem passado por uma série de mudanças desde o fracasso de sua tentativa de se unir ao Grupo Pão de Açúcar no Brasil, em 2011. Mas analistas ouvidos pela Reuters acreditam que uma venda de ativos no Brasil seria a saída ideal para o grupo francês conseguir aumentar seu caixa.

A rede anunciou há poucos dias a venda de suas operações na Indonésia. O presidente do grupo, Georges Plassat, foi responsável pela desativação de negócios em países não estratégicos para tentar recuperar a deficitária operação de hipermercados do grupo. Contudo, vendas na Ásia não são suficientes para melhorar os resultados da empresa. “Acreditamos que os planos de alienação não acabaram, embora não esperemos mais desinvestimentos em escala tão grande até o fim do ano”, disse o analista Pierre-Edouard Boudot, da Natixis, acrescentando que uma abertura de capital no Brasil “pode fazer sentido”.

O Brasil é o segundo maior mercado do grupo após a França, com 13,5% das vendas em 2011. Segundo o Barclays, a venda de 25% das operações no Brasil, avaliadas em 4,7 bilhões de euros, poderia resultar em 1,2 bilhão de euros de caixa. “Um potencial IPO (oferta pública inicial) no Brasil pode ser viável e teria um impacto bastante significativo”, afirmaram analistas do banco, em nota.

O Carrefour ocupa a vice-liderança no varejo brasileiro, com 13 por cento do mercado, atrás do Grupo Pão de Açúcar, controlado pelo arquirrival Casino, e à frente do gigante norte-americano Walmart. Um alto funcionário do setor financeiro em Paris afirmou que uma oferta de venda no Brasil seria uma “possibilidade única” de “levantar capital”.

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A companhia, que já levantou 2,8 bilhões de euros (3,6 bilhões de dólares) com a venda de unidades na Indonésia, Colômbia e Malásia, pode também garantir de 1,5 bilhão a 2 bilhões de euros com desinvestimentos na Turquia, Polônia, Romênia e Taiwan.

O Carrefour deve destinar às operações europeias grande parte recursos que obteve com as vendas de operações, já que investiu na Europa de 1,6 bilhão a 1,7 bilhão de euros em 2012, ante 2,3 bilhões. Segundo analistas, este atual nível – cerca de 2% das vendas – mal cobre o custo de manter as lojas.

O grupo também precisa de caixa para reduzir dívida – cerca de 7 bilhões de euros no fim de 2011 – e manter os preços baixos na França para elevar o movimento nos hipermercados. Mais recursos podem ser necessários para acelerar a expansão na China e no Brasil, embora Plassat ainda tenha de mapear os planos nesses países.

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As vendas na China têm sido prejudicadas pela desaceleração econômica, mas o Brasil tem ocupado os holofotes, com crescimento de vendas de 9,7% no terceiro trimestre. Caso o Carrefour decida acelerar a expansão no Brasil, listar uma parte do negócio pode ser uma opção para obter recursos.

Informações não confirmadas na mídia apontam que o Carrefour pode tentar listar uma parte minoritária da sua joia da coroa no Brasil, o Atacadão. O analista Gildas Aitamer, da PlanetRetail, disse que o Atacadão precisa acelerar a expansão de lojas para alcançar a crescente concorrência do Assaí, do Pão de Açúcar, e do Maxxi, do Walmart.

A Natixis estima que um IPO do Atacadão pode resultar em 1 bilhão a 2 bilhões de euros. Já a Exane BNP, que avalia o Atacadão em 5 bilhões de euros, prevê que a listagem de 20% a 25% resultaria em 1 bilhão de euros.

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(Com Reuters)

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