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Parlamento grego aprova pacote de austeridade

Medidas votadas pelo Parlamento nesta quarta-feira garantem a liberação de novo empréstimo ao país; enquanto isso, Atenas tem guerra na rua

Por Da Redação
29 jun 2011, 10h14

O Parlamento grego aprovou, nesta quarta-feira, o pacote de austeridade econômica exigido pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a liberação de um novo empréstimo ao país. A aprovação das medidas era vista como a única maneira de livrar Atenas da falência. A votação, prevista para o meio-dia no horário local, foi atrasada por causa dos violentos protestos contra o pacote que tomam conta da capital do país.

Os manifestantes concentram-se, sobretudo, na praça de Sintagma, em frente ao Parlamento. Os protestos dificultaram a chegada dos parlamentares que votam o pacote – a parlamentar comunista Liana Kanelli chegou a ser atingida por um pote de iogurte quando chegava ao prédio do Parlamento. Para dispersar a multidão, os policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Há registros de feridos nos confrontos.

Muitos gregos aderiram aos protestos usando lenços, óculos e máscaras para protegerem-se do gás lacrimogêneo. “Não estamos em dívida com ninguém, não vendemos e não pagamos”, é um dos slogans mais escutados por quem atravessa a praça Sintagma. “Não somos uma juventude indignada. Somos uma juventude raivosa. Destruíram nosso presente e nosso futuro. Estão vendendo nosso país. Vai ocorrer aqui o mesmo que ocorreu na Argentina. O futuro da Grécia é negro”, afirmou à agência de notícias EFE a empregada Artemis Moscholia, de 28 anos.

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Altamente impopular, o pacote inclui a elevação de impostos, um corte total de 28,4 bilhões de euros nos gastos públicos, além da arrecadação de cerca de 50 bilhões graças a privatizações. A taxa de desemprego na Grécia subiu para 15,9% no primeiro trimestre, elevação em relação ao primeiro trimestre do ano passado (11,7%) e quarto trimestre de 2010 (14,2%). O Produto Interno Bruto (PIB) do país recuou 5,5% no primeiro trimestre deste ano. Em relação ao quarto trimestre de 2010, o PIB grego mostrou alta de 0,2% entre janeiro e março deste ano. Na quinta-feira, haverá uma nova votação, desta vez para definir como serão implementadas as diferentes partes do pacote, como o aumento de impostos e a venda de ativos estatais.

Entenda os principais pontos do pacote:

Apoio – O primeiro-ministro George Papandreu e seu novo ministro das Finanças, Vangelis Venizelos, exortaram os 155 deputados de seu partido (Pasok) a assumir “seu dever patriótico” e apoiar o pacote de austeridade. A maioria governamental se viu escorada pela deserção de uma deputada da conservadora Nova Democracia, que abandonou a disciplina de partido e votou a favor do plano de ajuste. A isso se une a mudança de opinião de um dos deputados dissidentes da formação governamental socialista.

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“Espero que com meu voto a favor contribua para levar o país para frente”, disse a deputada conservadora Elsa Papadimitriou. O líder do partido, Antonis Samaras, desprezou qualquer acordo com os socialistas, apesar dos reiterados pedidos a favor do consenso por parte de Papandreou e das exigências de unidade provenientes da Comissão Europeia.

Greve – Na terça-feira, o país amanheceu sob uma greve geral de 48 horas convocada pelos sindicatos dos setores público e privado, a quarta do ano. A paralisação afeta o transporte aéreo, urbano e marítimo, além de todos os tipos de serviço público. Nos aeroportos, muitos voos domésticos das companhias Aegean e Olympic Air foram cancelados em consequência da paralisação dos controladores aéreos. No porto de Atenas, 200 militantes do Pame, sindicato de tendência comunista, impediram a saída de vários barcos.

(Com Agências EFE e France-Presse)

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