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Espanhóis fazem greve contra reforma trabalhista

Por Da Redação
29 mar 2012, 19h45

Trabalhadores contrários a uma reforma trabalhistas que o governo espanhol considera indispensável participaram de uma greve geral no país nesta quinta-feira, paralisando fábricas e portos e protagonizando rompantes de violência nas ruas.

Centenas de milhares de pessoas – ou milhões, segundo os organizadores – participaram de manifestações, em geral pacíficas, em 110 cidades espanholas, agitando bandeiras vermelhas e batendo tambores contra os cortes orçamentários promovidos pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, eleito há quatro meses com a tarefa de sanear as contas nacionais.

O governo não divulgou estimativas de adesão ao movimento, mas disse que a rotina da Espanha foi pouco alterada. O Ministério do Interior informou que 176 pessoas foram detidas e 104 ficaram feridas.

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Confronto – No centro de Barcelona, houve tensão. A polícia usou balas de borracha para dispersar a multidão depois de jovens encapuzados atirarem pedras em vitrines e incendiarem contêineres de lixo.

O desemprego atinge 23% da força de trabalho espanhola, e quase metade dos jovens. A reforma proposta por Rajoy facilita a demissão de empregados e acaba com o sistema nacional de negociação trabalhista coletiva.

Parte dos analistas diz que a maioria dos espanhóis apoia essas medidas, ditadas pela preocupação na União Europeia de que haja uma quebra do país, prestes a mergulhar na sua segunda recessão em menos de três anos. Outros, porém, consideram que a greve geral – a primeira em 18 meses – é um sinal de que a paciência dos espanhóis com as medidas de austeridade está se esgotando.

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“Não temos muita esperança, mas isso é só o começo”, disse Trini Cuesta, de 58 anos, funcionária de um hospital público em Barcelona. “Não é só a reforma trabalhista, somos contra as políticas que estão provocando a ruína social e econômica. Os protestos sociais devem aumentar.”

A greve afetou a produção de fábricas numa faixa que vai de Barcelona, no noroeste do país, a Cádiz, no sudoeste. Sindicatos afirmaram ter havido paralisação total na GM, Renault, ArcelorMittal e Acerinox. Transportes urbanos tiveram apenas um serviço mínimo, acertado previamente. A Alhambra, palácio mourisco do século 14 em Granada, no sul, ficou fechada aos turistas.

O governo diz que não vai abrir mão da reforma trabalhista. A ministra do Trabalho, Fátima Báñez, disse que “a agenda para a reforma é ‘imparável'”. O Parlamento fez hora extra na quinta-feira, sob forte proteção policial nos arredores, para aprovar cinco iniciativas do governo.

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(Com Reuters)

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