Em greve, funcionários do IBGE fazem protesto no Rio
Grupo levou cartazes com reivindicações a evento de aniversário do instituto
Servidores em greve do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizam nesta quinta-feira, manifestações em todo o país, segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatísticas (ASSIBGE-SN). No Rio, dezenas de grevistas fizeram um ato em frente ao Teatro João Caetano, no Centro da capital, onde era celebrado o aniversário de 78 anos do instituto. Os grevistas carregaram faixas e cartazes estampando as reivindicações dos trabalhadores, que incluem realização de concurso público para preenchimento de mais de 4.000 vagas e valorização salarial ao mesmo patamar de órgãos como o Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os grevistas pedem a saída imediata da presidente Wasmália Bivar do cargo, assim como dos membros do Conselho Diretor. Durante a cerimônia, a presidente do IBGE não fez menção à paralisação de servidores, nem à crise enfrentada pelo instituto desde o início de abril, quando foi anunciada a suspensão das divulgações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, decisão que acabou sendo revista semanas depois, após discussões com o corpo técnico. A Pnad Contínua coleta dados sobre o mercado de trabalho em nível nacional e substituirá a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) a partir do ano que vem.
O sindicato garante a divulgação da Pnad Contínua no próximo dia 03 de junho, conforme previsto no calendário oficial, mas fora isso tem instruído os funcionários grevistas a não fazerem divulgação de indicadores. Presente ao evento, o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, garantiu que os números do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, referentes ao primeiro trimestre de 2014, serão divulgados nesta sexta-feira, como previsto no calendário do órgão. O último balanço do sindicato aponta que 22 das 32 unidades distribuídas pelo país estão em greve. Hoje, outras quatro conduzem assembleias para votar adesão ao movimento: Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco e Piauí.
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(Com Estadão Conteúdo)