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Em 2011, varejo de vestuário não deve repetir desempenho deste ano

Por Ana Clara Costa
8 dez 2010, 14h54

A combinação de preços e demanda crescentes tem ajudado as empresas varejistas a registrar performances surpreendentes em 2010, tanto em vendas quanto na valorização de suas ações na bolsa de valores. Contudo, para o próximo ano, há dúvidas quanto à possibilidade de resultados tão bons.

“Neste ano, como a demanda segue intensa, as margens estão muito altas”, explica Claudio Felisoni, coordenador-geral do Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA). O ganho na margem bruta de uma empresa é o principal indicador de aumento de sua rentabilidade. Nos primeiros nove meses de 2010, a Lojas Renner, por exemplo, exibiu margem de 49,5%, enquanto em 2009 o indicador era de 46%. Já na Marisa, o número atual é de 49,2%, enquanto o do mesmo período do ano passado era de 44,7%. Os dados pertencem aos balanços trimestrais das varejistas.

Após este ótimo desempenho, analistas estão mais realistas quanto ao que as empresas de varejo poderão entregar no ano que vem. Além de Lojas Renner e Marisa, Riachuelo e Cia Hering também estão na berlinda – todas listadas na BM&FBovespa. Procuradas pelo site de VEJA, as redes não quiseram se pronunciar sobre o assunto. “O crescimento provocado pela forte recuperação de 2010 não deve se repetir no próximo ano. Certamente será desacelerado, pois partirá de uma base muito alta”, afirma o analista Renato Prado, do banco Fator.

De acordo com fontes ouvidas pelo site de VEJA, as empresas estão receosas com o porvir e temem perder valor no mercado de capitais, caso apresentem resultados aquém do esperado. “Pela primeira vez o varejo de vestuário está sendo visto como um setor estável para investimentos. E as empresas estão com medo que o baque de preços afete isso”, afirma uma fonte ligada a uma das varejistas.

A valorização das ações dessas empresas nunca foi tão alta. Em 2010, as varejistas do vestuário foram as ‘estrelas’ da bolsa paulista. Os papéis de Lojas Renner acumulam 54% de alta, enquanto Riachuelo (cotada na bolsa como Guararapes) teve alta de 65%; Marisa, 145%; e Cia Hering, surpreendentes 225%. “Nossas recomendações para essas empresas não são de compra. Os fundamentos são sólidos, mas eu não vejo porque essas ações se valorizarem mais”, afirma Prado, do Banco Fator. Se os consumidores do varejo devem ficar atentos aos preços, os investidores também.

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