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Diletto terá de admitir que ‘vovô’ da marca é fictício

Empresa divulgava que reproduzida as receitas de 'nonno Vittorio', avô de um dos sócios da marca. Personagem seria um italiano que fabricava sorvetes no início do século 20

Por Da Redação
12 dez 2014, 08h26

A história fictícia que era contada como verdadeira pelos sócios da empresa de sorvetes Diletto deverá ser mudada, de acordo com decisão divulgada nesta quinta-feira pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Na prática, isso significará que a marca de sorvetes terá de explicitar em toda a sua comunicação – incluindo site institucional, propaganda e embalagens – que o personagem não existe.

Um dos sócios da empresa, Leandro Scabin, contou durante anos a história de que o negócio recriava versões das receitas de seu avô, Vittorio Scabin, um italiano que fazia sorvetes no início do século 20. Além de estar disponível no site da companhia, a trajetória do “nonno Vittorio” foi reproduzida por vários jornais e revistas. Na verdade, o vovô saiu da imaginação de outro sócio da empresa, Fabio Meneghini, ex-publicitário que por anos trabalhou na WMcCann. O avô de Scabin, na vida real, nunca viveu de produzir sorvetes.

Depois de o fato de a história ser fictícia ter vindo à tona, a Diletto divulgou nota afirmando que a história de Vittorio em nada afetava a qualidade do produto. A companhia afirma que todo o resto de sua publicidade era real, incluindo o fato de usar limões sicilianos, coco da Malásia e baunilha de Madagascar na fórmula de seus produtos. Procurada, a Diletto afirmou que não comentaria o assunto porque não foi notificada oficialmente pelo Conar. No entanto, a decisão já estava publicada no site do órgão.

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Fabricantes de sucos terão de mostrar na embalagem o porcentual de polpa

Do Bem – Outra empresa que estava na mira do Conar, a fabricante fluminense de sucos Do Bem, teve o caso arquivado por unanimidade. Segundo apurou a reportagem, a empresa apresentou até notas fiscais provando que as histórias relativas aos personagens incluídas em suas embalagens eram reais. “O suco de laranja integral Do Bem possui todos os registros aprovados pelos órgãos governamentais competentes que atestam a qualidade e classificação integral do produto”, disse a empresa em nota.

Criado em 1978, o Conar não tem poder de retirar do ar propagandas que firam os regulamentos criados pelas próprias agências e anunciantes, mas pode recomendar alterações em seu conteúdo, como ocorre agora no caso da Diletto.

(Com Estadão Conteúdo)

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