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Berlusconi lança plano de ação urgente para reativar economia

Por Tiziana Fabi
3 ago 2011, 16h02

O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, lançou nesta quarta-feira no Parlamento um “plano de ação urgente” para reativar a economia italiana, diante dos temores de um contágio da dívida e com o objetivo de tranquilizar os mercados.

Berlusconi falou após o fechamento da Bolsa (12H30 de Brasília) para evitar a reação imediata dos mercados, que poderiam reprovar sua política econômica.

“Os mercados não avaliaram nossa solidez”, afirmou Berlusconi, que elogiou o sistema financeiro italiano e pediu “a colaboração de todos”, inclusive da oposição de esquerda, sua obstinada inimiga, para reativar a economia.

“Temos bases econômicas sólidas, os bancos têm liquidez, são solventes e superaram tranquilamente os testes europeus”, disse, após propor “um plano de ação urgente acordado com os atores sociais” para estimular o estancado crescimento econômico.

A aparição de Berlusconi diante dos deputados é excepcional, já que até agora o político magnata havia evitado tomar a iniciativa devido às relações tensas que mantém com seu ministro da Economia, Giulio Tremonti, isolado e debilitado por estar envolvido em um escândalo de corrupção.

“Fizemos muitas coisas, mas isso não significa que não tenhamos que fazer mais”, comentou Berlusconi.

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“Cada um deve cumprir com seu dever: porque a estabilidade é a arma vencedora contra a especulação”, disse o chefe de governo, que propôs a reforma do estatuto dos trabalhadores como medida contra a crise.

Nesta quinta-feira, o governo deverá realizar um encontro chave com os atores sociais com os quais pretende acordar “um pacto para o crescimento”.

Berlusconi prometeu que “irá melhorar a qualidade dos serviços púbicos” para fomentar a competitividade e autorizará o emprego de recursos para fomentar investimentos “ainda que com contribuições privadas”.

A Bolsa de Milão registrou uma forte queda na segunda e na terça-feira, e fechou nesta quarta-feira com uma baixa de 1,5%.

O ambiente é particularmente delicado, já que a Itália é a terceira maior economia da chamada Zona do Euro.

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“Sei do que falo porque tenho três empresas que são cotadas na Bolsa”, admitiu o magnata das comunicações, entre os empresários mais ricos da península.

O discurso de Berlusconi foi duramente criticado pelo líder da oposição de esquerda, Pier Luigi Bersani, do Partido Democrático, que acusou o governo de ser surdo em relação as suas propostas e de evitar qualquer autocrítica.

“Se querem nos escutar temos muitas propostas, guiadas pelo rigor doloroso, mas são inteligentes e justas”, afirmou.

A Itália, como a Espanha, encontra-se sob a pressão dos mercados, e a diferença entre a rentabilidade dos bônus emitidos pelo Tesouro italiano e pelo alemão (que serve de referência” alcançou valores recordes.

Os 17 países da zona do euro enfrentam um desafio cada vez maior para evitar o naufrágio da união monetária pela perigosa combinação de uma elevada dívida, um crescimento anêmico e a incerteza política.

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O governo italiano adotou em meados de julho um plano de austeridade para alcançar o equilíbrio orçamentário em 2014. Apesar disso, os investidores temem o contágio da crise devido a sua enorme dívida pública em relação ao PIB: 120%.

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