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Economia

Como escolher a TV ideal para a Copa do Mundo

Guia de VEJA ajuda consumidor a tirar dúvidas na hora de comprar um aparelho sem se perder em meio às siglas do mercado - LED, OLED, QLED, HDR, 4K, Hz

por Bruno Ferrari Atualizado em 2 Maio 2018, 17h47 - Publicado em
27 abr 2018
08h00

A cada quatro anos, o Brasil costuma parar para assistir à seleção brasileira disputar a Copa do Mundo de futebol. Empresas liberam seus funcionários mais cedo, bancos, escolas e agências dos Correios fecham, bares reforçam o time de funcionários, amigos e familiares se juntam. Aqueles que não viajaram para a Rússia devem se reunir em frente a um aparelho de TV para torcer para o Brasil. Não por acaso, as fabricantes de televisor esperam por um aumento nas vendas de aparelhos e aproveitam o momento para inserir novas tecnologias no mercado.

O ano de 2018 promete ser marcado pela telonas maiores com resolução em 4K, de acordo com fabricantes e consultorias ouvidas por VEJA. Em janeiro deste ano, segundo a empresa de pesquisas Gfk, a comercialização de TV teve um aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2017. Quando analisados somente os aparelhos com resolução 4K, esse crescimento chega a 126%. De acordo com a Samsung, as vendas de TVs de 32 e 40 polegadas ainda representam o maior volume de receita, mas o maior crescimento se dá nas categorias acima de 65 polegadas.

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O destaque vai para os aplicativos e programas que vêm integrados aos televisores e que nos permitem acessar redes sociais e conteúdos por streaming – justamente a parte smart das chamadas smarTVs. Canais de esporte já se preparam para exibir os jogos diretamente pelos aplicativos instalados nos televisores, em 4K e por streaming. Algumas questões mais técnicas também são importantes e normalmente vêm acompanhadas de uma saraivada de siglas.

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‘Devo comprar uma TV de LED, OLED ou QLED? Qual o tipo de HDR que meu televisor precisa ter?’ Para ajudar a esclarecer essas dúvidas, VEJA consultou especialistas em consumo de tecnologia que reuniram os principais fatores que devem ser levados em conta na hora de decidir a compra. Também mostramos que a preocupação sobre uma boa imagem não depende só da TV, mas também da infraestrutura que a conecta. Exemplo: para assistir a um jogo de futebol por streaming ou aplicativo é necessário contar com uma internet com velocidade real de pelo menos 30 megas. 

Veja abaixo quais são os principais atributos a serem pesquisados na hora de comprar uma TV:

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Tamanho da tela

Quantas polegadas deve ter a minha nova TV? Essa é a primeira pergunta que você deve se fazer para começar a escolher o modelo que estreará em sua casa durante a Copa do Mundo. Os modelos de tela plana começam em 32 polegadas. Os mais populares estão na faixa entre 40 e 60 polegadas. No Brasil, as maiores telas encontradas no varejo dificilmente ultrapassam as 90 polegadas.

O tamanho padrão para as TVs é obtido pela distância em polegadas entre as extremidades do painel medida por meio de uma linha diagonal. Cada polegada equivale a 2,54 centímetros. Para facilitar, as fabricantes colocam nas especificações dos aparelhos as medidas de altura e largura. Uma TV de 32 polegadas da Sony, por exemplo, tem 46 centímetros de altura e 73,5 centímetros de largura. Já um modelo de 88 polegadas da Samsung mede 1,1 metro de altura e quase 2 metros de largura.

Idealmente, um jogo de futebol, assim como um filme, pede telas maiores. Mas antes de bater o martelo em relação ao tamanho do televisor, é essencial medir o local onde a TV ficará e, especialmente, a distância entre a tela e o sofá. Uma televisão muito grande numa sala pequena pode literalmente se transformar numa dor de cabeça. Cada fabricante costuma ter sua própria tabela. A Samsung afirma que a distância para assistir com conforto a uma televisão de 40 polegadas é de 1,5 metro. Uma tela de mais de 85 polegadas, além de um bom investimento, exige ao menos 5 metros de distância entre os olhos e a tela. Esses números variam de acordo com a resolução. TVs 4K necessitam de uma distância menor (veja na tabela).

Dica final em relação ao tamanho: na dúvida, opte pela maior tela que couber no local e no seu bolso. Especialistas em consumo dizem que é mais comum ter a sensação de que a TV poderia ser maior do que o contrário. Mesmo se num primeiro momento a telona causar estranhamento no meio da sala, é bem provável que você se acostume depois de um tempo.

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Resolução

Outro fator importante, que impacta na qualidade da imagem e no bolso de quem compra, é a resolução da tela. Se a ideia é garantir um bom entretenimento durante a Copa do Mundo, fuja de qualquer opção abaixo de Full HD (1920 por 1080 pixels). A opção ideal para acompanhar esportes, no entanto, são os modelos 4K ou Ultra HD, que têm telas com resolução de 3.840 por 2.160 pixels. Tenha sempre em mente que quanto maior o número de pixels na tela de uma TV, melhor é a qualidade dos detalhes da imagem. Para assistir aos jogos de futebol, portanto, essa característica é bem desejável.

Ainda não tão populares no Brasil, as TVs de ultra definição já respondem por mais de 30% das vendas em países vizinhos, como o Chile. Apesar de a produção de conteúdo nativo em 4K ainda ser limitada, essa realidade deve mudar nos próximos anos, tendo em vista o que ocorreu na passagem do HD para o Full HD. Portanto, se a ideia é investir em uma TV que irá durar pelo menos três Copas do Mundo, um modelo 4K deve ser a sua escolha.

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Conexões (entradas e saídas)

Em muitas casas, a TV serve como um grande painel principal que recebe conteúdo de diversos dispositivos diferentes. São videogames, receptores de streaming (Chromecast, Apple TV etc.), home theaters, smartphones, laptops, microfones e mais um sem-número de aparelhos que ficam pendurados na sua tela. Por isso, vale a pena investir um tempo comparando o número e a diversidade de conexões que o aparelho de TV possui.

Se precisar de uma regra básica, o mantra deve ser “quanto mais HDMI, melhor”. HDMI é o nome da conexão padrão da maioria dos periféricos hoje. USBs, cabo ótico digital, wi-fi e bluetooth completam o time de recursos desejáveis para se ter numa TV.

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SmarTV

Até pouco tempo atrás, chamar os sistemas operacionais que equipavam as TVs de sofríveis era um elogio. Aplicativos lerdos, cheio de bugs e com pouca atualização abriram um mercado enorme para aparelhos como Chromecast e Apple TV, que tornavam a experiência de assistir a TV realmente smart.

As fabricantes evoluíram, melhorando os softwares e instalando processadores dignos de PC para se equipararem à agilidade da navegação em computadores e smartphones. Se você já é usuário de Chromecast ou Apple TV, eu não colocaria isso como um diferencial. Caso contrário, vale ir até a uma loja e experimentar os sistemas das diferentes fabricantes para ver com qual você tem mais afinidade.

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Taxa de atualização

A frequência de uma TV – chamada também de taxa de atualização – indica quantas vezes a tela do aparelho é atualizada a cada segundo. Se o aparelho tem uma frequência de 120 Hz, significa que ele é capaz de reproduzir 120 quadros por segundo. As TVs mais simples costumam ter uma taxa de 60 Hz. Algumas mais caras indicam 240 Hz ou até 480 Hz.

Qual escolher? Em tese, quanto maior é a taxa de atualização, mais detalhes o nosso cérebro consegue captar. Isso é especialmente importante para quem quer assistir aos jogos de futebol em telas grandes. Mas o preço que se paga por TVs com taxas de atualização muito altas costuma não compensar. A maioria dos conteúdos produzidos no Brasil tem taxa de atualização de 60 Hz. Houve um tempo em que as fabricantes apostaram nessa característica para aumentar sua margem de lucro. Hoje, o padrão é de 120 Hz, que está de bom tamanho.

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Tipo de painel

Num passado recente, a batalha tecnológica das TVs era entre o LCD e o plasma. Havia entusiastas de ambos os lados – alguns, defensores apaixonados. Ambos tinham seus prós e contras e a história recente mostra que o LCD venceu a batalha, sendo substituído pelo LED, uma espécie de evolução natural da tecnologia. Em 2018, no entanto, outra tecnologia começa a ganhar espaço no Brasil: o OLED.

A diferença técnica entre os dois envolve termos como diodos emissores de luz orgânicos e não orgânicos, mas isso é menos importante do que como isso se traduz na prática. Enquanto o LED sobressai em relação ao brilho da tela, nos tamanhos disponíveis e no preço, o OLED ganha em qualidade de imagem, contraste e fidelidade aos tons de preto.

No geral, o OLED se sai melhor do que a média das TVs de LED, mas há um grande porém: o preço. Uma TV de OLED no Brasil custa a partir de 6.000 reais para o modelo mais básico, podendo chegar ao preço de um carro dependendo do tamanho e dos recursos.

LG e Sony oferecem modelos com OLED enquanto a Samsung desenvolveu uma tecnologia própria de qualidade similar chamada QLED. Na dança das siglas, se você não é um aficionado que faz questão de comprar a mais recente tecnologia disponível, o LED está de bom tamanho.

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HDR

É a sigla para High Dynamic Range. A tecnologia na verdade começa na produção do conteúdo. Câmeras HDR captam a mesma imagem usando diferentes níveis de cores e exposição. Um software combina todas elas e extrai um produto final de melhor qualidade. É o mesmo HDR que encontramos em smartphones mais avançados.

A nova geração de TVs com HDR consegue reproduzir esse resultado final captado pelas câmeras. Ou seja, a qualidade é melhor, sem sombra de dúvidas, mas depende muito de como o conteúdo foi produzido.

O HDR talvez seja hoje o que a taxa de atualização foi há alguns anos – uma forma de cobrar mais por uma tecnologia que ainda não tem um impacto tão grande na experiência de assistir TV. Desconfie de vendedores que destacam o HDR como se fosse a última bolacha do pacote.

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Formato

Tela plana ou curva? Fabricantes que desenvolveram os televisores de tela curva costumam dizer que a experiência de verTV é mais imersiva e, portanto, melhor. Na prática, é muito mais uma questão de design. Se você tem espaço, dinheiro, e gosta do visual da tela curva, ela será uma escolha tão boa quanto um modelo equivalente de tela plana.

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