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Wen à Merkel: China não tem a intenção nem a capacidade de ‘comprar’ a Europa

Por Bobby Yip
3 fev 2012, 11h08

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, tentou nesta sexta-feira passar uma imagem tranquilizadora ao assegurar que a China não tem a intenção de “comprar a Europa”, disse ele durante o segundo dia de visita da chanceler alemã, Angela Merkel, ao gigante asiático.

Wen destacou a vontade de seu país em ajudar a Europa a superar a crise da dívida, mas lamentou o fato de algumas pessoas pensarem que isso significa que a China quer comprar a Europa.

“Essa é uma preocupação que não corresponde à realidade, pois a China não só não tem essa intenção como também não teria capacidade para fazê-lo”, afirmou o líder chinês durante um fórum econômico em Cantão (sul), ao qual participou junto de Merkel e de diretores de grandes grupos chineses e alemães.

Na quinta-feira, Jiabao disse em Pequim que a Europa precisa de uma solução urgente para a crise da dívida e afirmou desejar uma maior participação da China nos mecanismos de resgate implantados pela União Europeia (UE), pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e por seu sucessor a partir de julho, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).

Merkel, por sua vez, tentou enviar uma mensagem de tranquilidade sobre a viabilidade do euro e a capacidade da Europa para superar a crise, assegurando que as reformas vão por um bom caminho.

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A China possuirá mais de 550 bilhões de dólares em dívida soberana europeia, segundo informações de especialistas não confirmadas oficialmente.

Estiveram presentes no fórum de Cantão, além dos chefes do governo chinês e alemão, os presidentes da Siemens, Peter Löscher, e da Volkswagen, Martin Winterkorn, assim como o presidente do fabricante chinês de computadores, Lenovo, Yang Yuanqing, e o diretor-executivo do China Development Bank, Chen Yuan.

O primeiro-ministro chinês tentou nesta reunião tranquilizar seus interlocutores com relação ao respeito à propriedade intelectual na China, maior mercado mundial da falsificação.

“Apesar de possuirmos apenas 30 anos de reformas, nos damos cada vez mais conta de que a proteção da propriedade intelectual não está unicamente reservada aos estrangeiros, mas beneficia também a China”, afirmou o chefe do executivo chinês.

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A chanceler alemã tentou abordar a questão dos direitos humanos durante esta visita, essencialmente econômica, mas teve alguns pedidos de encontro rejeitados pelo governo chinês.

Mo Shaoping, advogado do prêmio Nobel da paz, Liu Xiaobo (que está preso), afirmou à AFP que a polícia o impediu na quinta-feira de comparecer a uma recepção à Merkel na embaixada alemã, apesar de ter sido convidado pela embaixada.

Merkel se encontrará no sábado com o bispo católico de Cantão antes de retornar à Alemanha.

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