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Casa Branca confirma plano de encontro entre Trump e Xi em meio à nova escalada comercial

Após trocarem novas sanções e tarifas, os líderes das duas maiores nações devem se encontrar na Coreia do Sul no fim do mês

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 out 2025, 14h22 - Publicado em 13 out 2025, 12h21

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou nesta segunda-feira, 13, que o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping devem se encontrar “em breve” na Coreia do Sul. O objetivo, segundo ele, é “reduzir tensões” após uma nova rodada de retaliações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

A nova faísca foi acesa na quinta-feira, quando Pequim expandiu seus controles sobre exportações de terras raras, um grupo de 17 minerais cruciais para a fabricação de semicondutores, veículos elétricos e armamentos. Washington respondeu de imediato: na sexta-feira, Trump anunciou tarifas adicionais de 100% sobre uma ampla gama de produtos chineses, com vigência prevista para 1º de novembro.

“Há uma desescalada significativa em curso”, afirmou Bessent à Fox Business, acrescentando que o encontro entre Trump e Xi deve ocorrer à margem da cúpula da APEC, em Seul, no fim de outubro.

A disputa atual é uma extensão de um conflito que nunca foi totalmente resolvido. Em maio, ambos os países haviam concordado em reduzir tarifas sobre produtos mutuamente importados.

O movimento chinês sobre as terras raras é particularmente sensível. O país domina cerca de 90% do processamento global desses minerais, e seu controle é visto em Washington como uma vulnerabilidade estratégica. Quando Pequim limita o acesso, ameaça não apenas fabricantes de tecnologia, mas toda a cadeia de suprimentos ocidental.

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O Ministério do Comércio chinês, em comunicado divulgado nesta segunda-feira, defendeu suas medidas como “ações normais de soberania”, e acusou os Estados Unidos de “abusar do conceito de segurança nacional” e “discriminar sistematicamente empresas chinesas”.

Por trás da retórica, ambos os lados parecem reconhecer que o custo de um novo impasse comercial seria alto demais.

Em Wall Street, os mercados americanos despencaram na sexta-feira, após o presidente Donald Trump ameaçar um aumento expressivo nas tarifas sobre produtos chineses, reacendendo preocupações sobre uma nova guerra comercial.

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A reação dos investidores pôs fim a uma sequência de dias de relativo otimismo em torno da política monetária americana. O S&P 500 e o Nasdaq registraram, na sexta-feira, suas maiores quedas percentuais desde 10 de abril, refletindo o nervosismo com a escalada das tensões entre Washington e Pequim. O dólar chegou a subir mais de 2%. Nesta segunda-feira, porém, com sinais de reaproximação entre as duas potências, os mercados ensaiam uma recuperação: os principais índices voltaram ao terreno positivo e o dólar recua mais de 1%.

Washington precisa de estabilidade para conter pressões inflacionárias domésticas e manter o dólar competitivo. Pequim, por sua vez, busca atrair investimentos estrangeiros em meio à fraqueza de sua demanda interna e ao esfriamento do setor imobiliário.

O encontro em Seul deve ser menos uma negociação formal e mais um teste de intenções. Funcionários dos dois países se reúnem nesta semana em Washington, paralelamente às reuniões do FMI e do Banco Mundial, num esforço para preparar o terreno.

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Trégua frágil 

As novas retaliações de ambos os lados marcam a ruptura de uma trégua comercial frágil, firmada há apenas alguns meses. A troca de acusações reacende o clima de desconfiança entre Washington e Pequim e ameaça comprometer o aguardado encontro entre Donald Trump e Xi Jinping. O impasse coloca em risco o breve período de estabilidade conquistado após uma guerra tarifária que, em abril, chegou a elevar as alíquotas de importação a mais de 100% em ambos os países. Um acordo veio em maio quando, desde então, os Estados Unidos vinham aplicando tarifas provisórias de 30% sobre todos os produtos chineses, enquanto Pequim impunha taxas de 10% sobre as importações americanas.

A tensão comercial entre Estados Unidos e China voltou a se intensificar na quinta-feira, quando Pequim impôs limites à exportação de terras raras. A medida, vista por Washington como uma resposta estratégica, abalou a frágil trégua firmada meses antes.

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Em retaliação, Donald Trump anunciou uma tarifa adicional de 100% sobre os produtos chineses, somando-se aos 30% já em vigor desde maio, além das taxas específicas aplicadas a setores como aço, alumínio, cobre, farmacêuticos e móveis.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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