Vendas no varejo ficam estáveis em março, em linha com estimativas
Em doze meses, índice avançou 2,7%., segundo dados do IBGE
As vendas no varejo brasileiro ficaram estáveis em março deste ano em relação a fevereiro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira, 8. Em relação a março de 2023, o varejo apresentou crescimento de 5,7%, na série sem ajuste sazonal.
Os dados de março na comparação mensal ficaram dentro das expectativas de analistas, que esperavam leve queda de 0,1% no varejo brasileiro. Já o dado na base anual superou as perspectivas, já que o consenso era de crescimento de 5,2%. No acumulado do ano, o volume de vendas cresceu 5,9%, enquanto em doze meses a alta é de 2,5%.
O comércio varejista ampliado, ou seja, que inclui atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de alimentos, bebidas e fumo, apresentou queda de 0,3%. Em relação a março do ano passado, o recuo foi de 1,5%. No acumulado do ano, o setor tem alta de 4,6%; em doze meses, cresceu 2,9%.
Segundo o IBGE, em março, houve predominância da retração entre os setores, com impacto em sete das oito atividades pesquisadas. Entre os movimentos mais expressivos estão equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com recuo de 8,7%, e móveis e eletrodomésticos, com queda de 2,4%. Apenas artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou alta no mês, de 1,4%.
Já em relação ao comércio varejista ampliado, o destaque vai para material de construção, com queda de 0,4% de fevereiro para março, enquanto veículos e motos, partes e peças teve baixa de 1,4% no intervalo.
Os dados das vendas no varejo são relevantes para mostrar o quão aquecida está a economia brasileira, trazendo perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) e, consequentemente, para a condução da política monetária no Brasil.