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Vendas no varejo crescem 0,6% em setembro puxadas por supermercados

No mês, apenas três das oito atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram variação positiva; no acumulado em 12 meses, varejo avançou 1,7%

Por Larissa Quintino Atualizado em 8 nov 2023, 10h24 - Publicado em 8 nov 2023, 09h21

As vendas no comércio varejista no país cresceram 0,6% na passagem de agosto para setembro, mostrando recuperação em relação a agosto, quando houve queda de 0,1%. O resultado veio acima das estimativas do mercado, que esperava variação positiva de 0,1%. Em 12 meses, o setor acumula crescimento de 1,7% em 12 meses, segundo os dados divulgados nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apenas três das oito atividades analisadas no varejo restrito ficaram no campo positivo: Móveis e Eletrodomésticos (2,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (0,4%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 1,6% — maior impacto sobre o resultado do varejo em setembro. “Esse é um setor que pesa muito no indicador e, com avanço de 1,6%, acabou ajudando o varejo a sair da margem de estabilidade. Um dos fatores principais para o resultado dessa atividade é a escolha orçamentária das famílias, que está voltada para os itens de primeiras necessidades. Com o aumento da população ocupada e da massa de rendimento, as pessoas estão usando o rendimento habitual para os gastos em hiper e supermercados e não está sobrando para concentrar em outras atividades”, explica o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. Na passagem de agosto para setembro, o setor de hiper e supermercados estava pesando cerca de 56% do total do varejo.

Já as cinco atividades que tiveram variações negativas foram: Combustíveis e lubrificantes (-1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,1%).

O maior impacto negativo veio do setor de combustíveis e lubrificantes (-1,7%), que tem o segundo maior peso no varejo. A queda da atividade veio após dois meses seguidos no campo positivo. “Houve crescimento de receita dos postos de gasolina, mas não o suficiente para ganhar da inflação”, destaca o pesquisador. No varejo ampliado, o setor de Veículo e motos, partes e peças recuou 0,9% e o de Material de construção, -2,0%.

Segundo o economista Rafael Perez, da Suno Research, O cenário doméstico como o endividamento e inadimplência alta das famílias é um desafio para as vendas do setor. “Porém, estes resultados de setembro mostram que o varejo deve ser beneficiado pela queda na inflação, o mercado de trabalho aquecido e o crescimento da massa salarial. Por fim, eventos como Black Friday e festas de final de ano também podem trazer algum fôlego para o setor, contribuindo para uma menor desaceleração da atividade econômica no último trimestre”, afirma.

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