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Varejo cresce 4,7% em 2024 e tem melhor resultado em 12 anos

O destaque do ano foi o setor farmacêutico, que registrou uma alta expressiva de 14,2%; já as vendas de livros e jornais caíram 7,7%, segundo IBGE

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 fev 2025, 10h52 - Publicado em 13 fev 2025, 09h23

O comércio varejista brasileiro encerrou 2024 com um crescimento de 4,7%, marcando o melhor desempenho anual desde 2012, quando avançou 8,4%. O destaque do ano foi o setor farmacêutico, que registrou uma alta expressiva de 14,2%, um setor que cresce continuamente há oito anos. No sentido oposto, as vendas de livros, jornais, revistas e papelaria tiveram a maior queda do período, recuando 7,7%.

Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, apesar da expansão anual, o setor registrou estabilidade nos últimos dois meses do ano, com variação negativa de 0,1% em dezembro em relação a novembro, e variação nula na média trimestral.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, ressalta que a estabilidade ocorre sobre uma base elevada. “Viemos de dois meses de estabilidade, mas essa estabilidade sustenta um patamar recorde que foi atingido em outubro de 2024, ou seja, é uma estabilidade na alta”, afirmou.

Setores do varejo que mais cresceram em 2024

Entre as oito atividades do varejo que fecharam o ano no azul, além de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (14,2%), também tiveram altas significativas veículos e motos, partes e peças (11,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,1%) e material de construção (4,7%). Também registraram crescimento os segmentos de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,6%), móveis e eletrodomésticos (4,2%), tecidos, vestuário e calçados (2,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,7%).

Segundo o IBGE, o bom desempenho do setor farmacêutico se deve ao crescimento tanto de medicamentos quanto de produtos de perfumaria e cosméticos. Já o setor de artigos de uso pessoal e doméstico se recuperou após dois anos de retração, impactado anteriormente por dificuldades financeiras enfrentadas por grandes redes de lojas de departamento.

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Setores do varejo que mais caíram em 2024

Por outro lado, três segmentos fecharam o ano em queda. O setor de livros, jornais, revistas e papelaria (-7,7%) segue sendo impactado pela digitalização e pelo declínio da venda de produtos físicos, embora o livro didático ainda sustente parte do mercado. O atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-7,1%) também registrou retração, num ano de alta concorrência na distribuição de cereais e leguminosas. Já combustíveis e lubrificantes (-1,5%) sofreram com a demanda mais fraca no setor de transportes.

“O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria já vem acumulando quedas há alguns anos, a última alta foi em 2022. Isso está relacionado ao crescente processo de digitalização de parte de seus produtos. O que vem sustentando essa atividade é o livro didático”, diz o gerente da pesquisa. No caso de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo,  ele destaca que foi um ano muito focado na distribuição de cereais e leguminosas, num mercado muito competitivo. “Já o setor de combustíveis e lubrificantes está vinculado à demanda de transportes, que não foi tão forte em 2024”, afirma Santos.

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