Vale-refeição do trabalhador brasileiro só cobre um terço dos almoços do mês
Pesquisa feita pela Ticket mostra que para almoçar todos os dias úteis do mês, trabalhador precisaria ganhar o dobro do valor do benefício
O valor médio do vale-refeição só garante a alimentação do trabalhador durante 10 dias no mês. É o que mostra a pesquisa + Valor, feita pela Ticket, marca da Edenred Brasil de Benefícios e Engajamento.
Considerando o preço médio de 51,61 reais para uma refeição completa – que inclui prato principal, bebida, sobremesa e café -, para cobrir os gastos do almoço durante 22 dias úteis no mês, o valor do benefício deveria ser de 1.135,42 reais, 110% acima da média que as empresas costumam conceder, que é de 540,55 reais.
Na análise regional, trabalhadores do Nordeste, que recebem em média 411,21 reais, são os que têm a menor duração do benefício: só conseguem pagar 8 dias de uma refeição completa, com preço médio de 49,09 reais, segundo a pesquisa. Almoçar todos os dias úteis fora de casa custaria 1.079,98, reais ou seja, 163% superior à média do benefício recebido na região.
As regiões Sul e Sudeste ultrapassam a média nacional de duração do benefício-refeição, com 12 dias. No Sul, o preço médio da refeição completa é de 48,91 reais, o que representa desembolso mensal de 1.076,02, valor cerca de 85% superior à média do benefício que as empresas sulistas costumam conceder aos colaboradores, que é de 580,94 reais.
Já no Sudeste, que tem o preço médio da refeição em 54,5 reais, o gasto ao final do mês seria em torno de 1.199,88 reais, 84% a mais em relação ao valor do benefício que os trabalhadores na região recebem, de 652,95 reais.