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Vale pode aderir ao programa de refinanciamento de dívida com a União

Mineradora trabalha para vender seus ativos não-essenciais visando reduzir os custos e gerenciar as dívidas

Por Da Redação
7 nov 2013, 18h02

A Vale está analisando se vai aderir ao programa de parcelamento de dívidas tributárias do governo brasileiro, em decisão que poderá dar destino a uma cobrança da ordem de 30 bilhões de reais pela Fazenda relativa a impostos sobre lucros no exterior. A empresa ainda não chegou a uma conclusão sobre o programa Refis, que tem prazo de adesão até dia 29 deste mês, afirmou nesta quinta-feira o presidente da mineradora, Murilo Ferreira.

“O assunto é complexo, não conseguimos analisar isoladamente e chegar a uma conclusão. Teremos de levar isso ao Conselho de Administração. Precisamos analisar o pacote como um todo para avaliar méritos e deméritos de uma decisão”, afirmou o executivo em teleconferência para comentar os resultados do terceiro trimestre divulgados na véspera.

A Vale tem questionado na Justiça cobranças bilionárias feitas pela Fazenda com relação a incidência de lucros no exterior. Outras empresas brasileiras com operações em outros países têm discutido o mesmo. Ferreira estimou que a diretoria da companhia precisará de cerca de dez dias após ter uma visão completa do assunto para avaliar a adesão ao Refis. “A decisão será tomada pelo conselho de forma única”, acrescentou o executivo.

A portaria do Ministério da Fazenda publicada no final de outubro definiu que as multinacionais com dívidas relativas ao Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) terão alternativa de pagamento à vista, com redução de encargos e juros, ou parcelado, em até 120 prestações.

Desinvestimento – O presidente da segunda maior mineradora do mundo disse nesta quinta-feira, após a empresa anunciar forte alta no lucro trimestral na véspera, que a companhia “está trabalhando duro” para vender seus ativos não-essenciais, a fim de reduzir custos e controlar suas dívidas. Mas Ferreira observou que os desinvestimentos serão feitos com prudência. “A Vale não fará desinvestimentos a qualquer preço”, disse o CEO.

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De olho no controle de gastos, a maior produtora de minério de ferro do mundo ainda buscará formas de compensar custos que virão com o início da operação de seus novos projetos, disse o diretor financeiro da mineradora, Luciano Siani, na mesma ocasião.

Valemax – A Vale sinalizou que continuará contratando armadores chineses para tocar as operações de seus navios no país, que é o maior consumidor do seu minério de ferro. O diretor de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, afirmou que a companhia tende a continuar buscando trabalhar com armadores, a exemplo do acordo que firmou recentemente com a estatal chinesa Shandong.

A Shandong Shipping Corporation assinou um acordo de 500 milhões de dólares com a mineradora para operar quatro dos navios gigantes da companhia, de acordo com nota da agência oficial de notícias Xinhua. O acordo prevê que a Vale deve entregar os navios de 400 mil toneladas para uma joint venture operada pela Shandong.

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A Vale espera que o acordo com a empresa chinesa facilite a entrada de seus navios na China, mas o contrato não prevê tal condição, afirmou Martins. O Ministério do Transporte da China barrou os meganavios nos portos no início de 2012, citando preocupações de segurança depois que o primeiro navio de 400 mil atracou no porto de Dalian, em dezembro de 2011.

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(com agência Reuters)

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