A Vale estabeleceu como meta aumentar em 300% a produção de cobre, metal fundamental para a chamada economia verde.
A afirmação foi feita por Gustavo Pimenta, vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da companhia nesta quinta (5). Segundo o vice-presidente, a produção vai alcançar 1 milhão de toneladas por ano.
Pimenta participou do Seminário de Investimentos, Governança e Aspectos Jurídicos da Previdência Complementar (SIGA), realizado no Rio de Janeiro.
“É um negócio que será valorizado no longo prazo e interessa a todos”, disse. “É uma demanda que veio para ficar e vai se estender por muitas décadas”.
Um dos primeiros metais descobertos pela humanidade, o cobre também é fundamental para o futuro da economia de baixo carbono.
Isso porque quando empregado, o minério economiza na transmissão de eletricidade de fontes solares e eólicas.
E pode ainda ser utilizado nos pontos de recarga de veículos elétricos.
Para efeito de comparação, cada veículo elétrico possui quatro vezes mais quantidade de cobre do que um tradicional, com motor de combustão.
Atualmente, o Brasil é responsável por cerca de 7% da produção mundial de cobre, com 1,3 milhão de toneladas do minério produzido por ano.
Os estados do Pará e de Goiás representam juntos cerca de 91% de toda a produção nacional.
Pimenta afirma que a mineradora, envolvida em dois dos maiores desastres ambientais do país – o rompimento da represa de Mariana, em 2015, e de Brumadinho, em 2019 – está comprometida com a agenda ESG e a transição energética.
De acordo com o diretor, a empresa investe não só em tecnologias mais sustentáveis para mitigar suas emissões, como também em ações de inclusão social nas cidades em que atua.
“A siderurgia é responsável por 8% das emissões de carbono do planeta. É um segmento difícil de descarbonizar, mas temos uma série de iniciativas nessa direção”, disse.