Um tributo ao capitalismo
O TOP30 celebra a pujança e a resiliência das empresas brasileiras
Vivemos em um país de imenso potencial, mas também de enormes contradições. Diante de circunstâncias muitas vezes adversas, a trajetória das empresas brasileiras é um ato de coragem. Coragem para investir em meio a incertezas, para planejar no longo prazo quando o imediato insiste em gritar, e para acreditar em um futuro melhor mesmo quando o presente parece difícil. É justamente essa coragem que celebramos com a primeira edição do TOP30, que premia as trinta melhores empresas do país em trinta setores diferentes.
O TOP30 é um tributo às companhias que, em seus respectivos setores, alcançaram uma posição de liderança e eficiência. São organizações que geram riqueza, impulsionam a inovação e ajudam o Brasil a se conectar com o que há de mais avançado no mundo. Cada uma delas é prova viva de que, mesmo em meio às dificuldades, é possível crescer, conquistar e inspirar.
No entanto, para que o talento empresarial floresça em sua máxima potência, é preciso um ambiente que o estimule — e não que o asfixie. É por isso que, em nossa linha editorial, defendemos alguns pilares inegociáveis. O primeiro deles é o equilíbrio fiscal do Estado. Sem responsabilidade nas contas públicas, não há confiança, não há previsibilidade e não há crescimento sustentável. O Estado não pode gastar mais do que arrecada indefinidamente, transferindo a conta para gerações futuras, para as empresas ou para a inflação, que corrói salários e desorganiza investimentos. Empresas fortes precisam de um país fiscalmente sólido.
“É no setor privado que nascem a inovação e a prosperidade de uma nação”
O segundo pilar é a redução da carga tributária. O Brasil é, infelizmente, um dos países onde mais se pagam impostos no mundo — e com pouco retorno em serviços essenciais. Defendemos um sistema mais simples, mais racional e menos oneroso, que permita ao empreendedor direcionar energia para produzir, empregar e inovar, e não para sobreviver a uma burocracia sufocante. O terceiro pilar é a segurança jurídica. Nenhuma economia prospera onde contratos podem ser rompidos de maneira arbitrária, onde as regras mudam ao sabor de conjunturas políticas ou onde a incerteza afasta o capital. Investimento é, antes de tudo, confiança. E a confiança só floresce onde a lei é clara, estável e respeitada.
E, por fim, o quarto pilar: a defesa intransigente da iniciativa privada. É no setor privado que nasce a inovação, que se multiplicam as oportunidades de emprego e que se sustenta a prosperidade de uma nação. Acreditamos em um Estado que regule, sim, mas que não sufoque; que estimule, mas que não substitua a livre-iniciativa. Um Estado que seja parceiro — e não competidor ou adversário — das empresas.
Esses valores não são apenas bandeiras históricas da Abril e de VEJA NEGÓCIOS. São, sobretudo, condições para que possamos premiar, ano após ano, trajetórias de sucesso como as que reconhecemos nesta edição. Que esta iniciativa sirva não apenas para destacar vencedores, mas para reforçar um pacto: o de lutar por um Brasil mais competitivo, mais produtivo e mais aberto às forças de mercado. Um país onde empreender não seja um desafio solitário, mas um projeto nacional.
Mauricio Lima é CEO da Editora Abril
Publicado em VEJA, outubro de 2025, edição VEJA Negócios nº 19
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