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Tesouro: Dívida pública fecha 2017 com recorde, a R$ 3,6 trilhões

Aumento de 14,3% foi puxado pelo avanço da dívida interna; resultado ficou dentro das previsões do governo

Por Reuters
25 jan 2018, 10h52

A dívida pública federal subiu 14,3% em 2017, a 3,559 trilhões de reais, renovando seu recorde histórico e fechando o ano dentro do intervalo que havia sido fixado pelo governo, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira.  O crescimento da dívida se deu fundamentalmente pela alta de 15% da dívida mobiliária federal interna em relação a 2016, a 3,435 trilhões de reais. A dívida pública federal externa, por sua vez, caiu pouco mais de 2% na mesma base de comparação, alcançando 123,79 bilhões de reais.

A alta no endividamento preocupa o governo, que busca aprovar a reforma da Previdência para reduzir os gastos e chegou a discutir a alteração da ‘regra de ouro’ para poder fechar as contas. E a demora para conter essa evolução foi um dos fatores citados pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s ao rebaixar a classificação do Brasil no início deste mês.

No Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2018 divulgado nesta quinta-feira, o Tesouro fixou novo intervalo de 3,78 a 3,98 trilhões de reais para o estoque geral da dívida. No ano passado, esse intervalo era de 3,45 trilhões a 3,65 trilhões de reais.

Em relação à composição, o governo também conseguiu manter o enquadramento estabelecido antes pelo PAF. Com maior peso, os papéis prefixados responderam por 35,34% do total no ano passado, dentro da faixa de 32% a 36%. Os títulos indexados à Selic ficaram com fatia de 31,51%, dentro do objetivo de 29% a 33%o. Já os papéis corrigidos pela inflação fecharam o ano respondendo por 29,55% da dívida total, diante da faixa de 29% a 33%o. Os títulos remunerados pelo câmbio tiveram participação de 3,60% da dívida total, ante previsão de 3% a 7%.

A participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna fechou 2017 com menor representatividade, com parcela de 12,12%, ante 12,67% em novembro e 14,33% em dezembro de 2016.

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