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Tarifaço de Trump derruba ações brasileiras em Nova York no pré-market; bolsas caem pelo mundo

Índices futuros em Nova York também implodem na manhã desta quinta-feira, 3, em resposta ao tarifaço determinado por Donald Trump ontem

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 abr 2025, 11h51 - Publicado em 3 abr 2025, 08h58

O tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às importações derruba as principais bolsas de valores do mundo nesta quinta-feira, 3. As ações de empresas brasileiras listadas na Bolsa de Nova York também não escapam da queda. Por volta das 9h, o iShares MSCI Brazil ETF (EWZ), que reflete o comportamento dos principais papéis brasileiros, caía 0,96% e era negociado a 26,14 dólares no pré-market.

No Brasil, o dólar comercial abriu o dia em queda. Por volta das 10h, recuava mais de 1%, a R$ 5,63.

As ADRs (American Depositary Receipts) de ações ordinárias da Petrobras (PBR) listadas em Nova York derretiam 2,95% no pré-market, e eram negociadas a 13,97 dólares. Já as ADRs das preferenciais (PBRa) perdiam 3,21%, sendo cotadas em 12,67 dólares. No caso da Vale, as ADRs (VALE) recuavam 3,07%, para 9,78 dólares por papel. O comportamento da Petrobras e da Vale é importante para os investidores brasileiros, pois suas ações são as mais negociadas na B3 e exercem forte influência sobre o Ibovespa, principal índice da bolsa.

Na Ásia, onde os mercados já fecharam, o tombo foi generalizado. O índice Nikkei 225 da Bolsa de Tóquio derreteu 2,77%, liderando as perdas na região. O resultado expressa a tarifa mínima de 24% que os produtos japoneses pagarão à alfândega dos Estados Unidos a partir de hoje. Em segundo lugar, ficou o índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong, com perdas de 1,52%. Já a Bolsa de Xangai recuou bem menos: 0,24%. Principal alvo do crescente protecionismo de Trump, a China pagará uma tarifa mínima de 34% para vender seus produtos em solo americano.

Na Europa, onde os mercados ainda estão abertos, o índice Stoxx 600, que representa os 600 papéis mais negociados nas bolsas do Velho Mundo, recuava 2,05%. O CAC 40, da bolsa francesa, liderava as quedas na região, com -2,70%, seguido pelo DAX da bolsa alemã, com -2,29%.

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Nos Estados Unidos, os índices futuros derretem. O Nasdaq futuro, que representa algumas das principais empresas de tecnologia do país, recua 4,03%. O S&P futuro perde 3,48%, e o Dow Jones futuro, -2,90%. As perdas expressam a preocupação dos investimentos e analistas com o potencial efeito inflacionário das tarifas recíprocas determinadas por Trump.

Parte dos economistas teme que o Federal Reserve seja forçado a elevar os juros para conter a alta dos preços. Em paralelo, as empresas americanas terão dificuldade em repor rapidamente insumos, matérias primas e componentes importados que utilizam em sua cadeia de produção. O resultado geral, para alguns, pode ser uma recessão americana a partir do segundo semestre.

Ontem, Trump anunciou que, a partir desta quinta-feira, 3, começarão a vigorar as tão aguardadas tarifas recíprocas sobre as importações de todos os países que mantêm relações comerciais com os americanos. Não ficou claro, no entanto, se as tarifas serão aplicadas aos países, ou haverá alíquotas diferentes, de acordo com o produto em questão.

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De qualquer modo, na cerimônia realizada nos jardins da Casa Branca para anunciar o tarifaço, Trump exibiu um painel com diversos países, em que eram comparadas as tarifas médias cobradas por eles sobre os produtos dos Estados Unidos, e o que os americanos passarão a cobrar em troca a partir de amanhã. A lista não é exaustiva e outros países não citados também sentirão o impacto do tarifaço. O Brasil foi citado por Trump, e será taxado em 10% — o mesmo que a nossa alfândega impõe às importações provenientes de lá.

 

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