Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Sustentabilidade no campo passa por ganho de produtividade, avaliam especialistas

Executivos da JBS e do BTG apontam maneiras de otimizar a responsabilidade ambiental do agro brasileiro

Por Felipe Erlich 24 nov 2025, 13h34

Representantes do setor privado argumentam que a agenda ambiental aplicada ao agronegócio envolve aumentar a produção do campo, não reduzi-la. O ganho de produtividade, ou seja, quando mais animais ou plantações podem ser criados em uma mesma área, é fundamental para a redução das emissões de carbono do setor, uma vez que mina o risco do desmatamento para a ampliação de terrenos produtivos. “A sustentabilidade produtiva contraria a ideia de que a sustentabilidade trata de reduzir a produção”, diz Fábio Dias, líder de pecuária sustentável da JBS, durante o Fórum VEJA Agro, realizado nesta segunda-feira, 24, em São Paulo. “As boas agendas são as que aumentam a produção por área, isso ajuda a diminuir o desmatamento”, conclui.

Na toada de ganho de produtividade, o agronegócio brasileiro já dá exemplo, segundo o executivo. “Temos hoje no Brasil um modelo de produção extremamente eficiente, onde é possível ter duas ou três safras por ano em uma mesma área”, diz. Ele frisa que o desmatamento não é central ao processo de produção brasileiro. Um modelo mais moderno de produção agropecuária que mistura a criação de gado ao plantio de grãos, por exemplo, é defendido como forma de aumento de produtividade. “Botar animais em uma área aumenta a qualidade dessa área, aumenta a qualidade do solo”, segundo Dias. “O solo fica melhor a cada ano, que é o que os produtores querem”.

O diretor de sustentabilidade do banco BTG Pactual, Vitor Santos, concorda com a avaliação de que aumentar a produtividade do setor agropecuário auxilia a agenda ambiental. Além disso, o executivo chama atenção para a necessidade de avanço na análise de risco climático das propriedades rurais. “Temos que ampliar também os mecanismos de análise de risco”, disse durante o fórum de VEJA. “O produtor tem histórico sobre as suas práticas? Tem alguma certificação? Não é uma discussão fácil, mas temos que caminhar nisso”, conclui.

O representante do BTG lembrou que, cada vez mais, riscos comuns de operações agropecuárias se confundem com riscos climáticos. “Risco climático e quebras de safra estão relacionados”. Como exemplo, Santos elencou queimadas e outros eventos climáticos que podem prejudicar propriedades rurais. A devida análise de risco e de boas práticas ambientais permite ao setor bancário oferecer crédito aos produtores que mais respeitam o meio ambiente, o que tem um efeito positivo geral: “A melhor forma de minar o desmatamento é premiar quem está fazendo a coisa certa”, diz o executivo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SUPER BLACK FRIDAY

Digital Completo

O mercado não espera — e você também não pode!
Com a Veja Negócios Digital , você tem acesso imediato às tendências, análises, estratégias e bastidores que movem a economia e os grandes negócios.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 3,99/mês
SUPER BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.