Sony anuncia a morte definitiva do Betamax
Empresa vai parar de fabricar as fitas para esse formato de vídeo, que rivalizou com o VHS entre os anos 70 e 80
A Sony anunciou nesta semana que decidiu não mais fabricar fitas Betamax, o que marca a morte definitiva desse formato de vídeo. Entre os anos 70 e 80, Betamax, da Sony, e VHS, da JVC, protagonizaram uma ferrenha disputa pelo domínio do mercado de vídeos domésticos. A batalha foi vencida pela JVC, e o VHS reinou até a ascensão dos DVDs, entre o fim dos anos 80 e o início dos 90.
O Betamax chegou ao mercado em 1975 e, dez anos, depois, perdeu definitivamente a batalha pela hegemonia de mercado para o VHS. Os aparelhos de gravação de fitas em Betamax deixaram de ser produzidos em 2002, e as últimas fitas serão produzidas em março de 2016.
Em 1984, quando o Betamax atingiu seu auge, 40% dos videocassetes dos Estados Unidos reproduziam fitas desse formato. Mas, apenas quatro anos depois, a proporção já era de nove aparelhos de VHS para cada leitor de Betamax.
Embora tenha se tornado obsoleta há três décadas, a tecnologia Betamax manteve entusiastas e consumidores, o que explica por que a fabricação tenha se mantido, mesmo com seu declínio comercial. As fitas continuaram sendo usadas, por exemplo, por emissoras de TV – o Betamax teve como origem o formato de vídeo profissional U-Matic.
Para quem nasceu em uma época dominada por vídeos em streaming e disponíveis a qualquer dono de smartphone com acesso à internet, a guerra entre VHS e Betamax não parece fazer sentido algum. Com o fim da produção das fitas Betamax, essa guerra será, definitivamente, apenas mais um capítulo dos livros de gestão empresarial que fazem referência a disputas industriais do passado.
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(Da redação)